segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

NOVAS IMAGENS DAS ESCAVAÇÕES EM KUTTAMUWA

Imagem: Khirbet Qeiyafa Archaeologic Project

O site da Biblical Archaeology Review divulgou a publicação de novas imagens (também aqui) das escavações na fortaleza de Kuttamuwa, em Khirbet Qeiyafa, 30Km a sudoeste de Jerusalém. De acordo com a Bíblia, foi nessa região que Davi travou seu famoso embate com o gigante Golias. A descoberta parece derrubar a teoria dos minimalistas, que defendem a não existência de cidades fortificadas em Judá no século X a.C., fazendo de Davi um mero líder tribal (leia o argumento de um minimalista questionando os métodos de datação da fortificação aqui). 

Leia mais sobre o assunto no Numinosum aquiaqui, aqui, aqui e finalmente aqui

Discussões técnicas a respeito dos métodos de datação aqui e aqui


Jones F. Mendonça

sábado, 28 de janeiro de 2012

O CAOS NA LÍBIA E AS AÇÕES CONTRA A SÍRIA E O IRÃ

Imagem: Carlos Latuff
"Os mocinhos libertaram a Líbia do opressor Muammar Kaddaf", é assim que tentam nos vender a história. Mas na Líbia controlada pelos "rebeldes", o cenário não é muito diferente daquele vivenciado antes da queda do ditador. 

Leia no Al-Jazeera: "Quem realmente controla a Líbia?". O texto é assinado pelo historiador e escritor Faraj Najem. 

Na Itália - Convencidos de que todos os países tem direito de decidir, sem interferência estrangeira,  a organização de sua ordem política e social, intelectuais italianos escreveram um apelo ao governo do seu país para que retire o embargo contra o Irã e a Síria e não participe da "política de chantagem" contra os dois países. No documento, a intervenção dos EUA (e do seu braço, a NATO) na Líbia é apresentada como como uma tentativa de "saquear a riqueza da Líbia e recolonizar o país". Encabeçam a lista o filósofo marxista Domenico Losurdo e o  político e também filósofo Gianni Vattimo. O documento, escrito em vários idiomas (não há uma versão em português) pode ser lido aqui


Jones F. Mendonça

ESCHER'S METAMORPHOSIS, AGORA EM HD

No ano passado fui assistir à exposição "O mundo de Escher", no Centro Cultural Banco do Brasil. Cheguei a publicar aqui no Blog uma animação com o trabalho do artista gráfico holandês. Alguém fez a gentileza de postar a animação numa resolução bem melhor.  Confira (não deixe de ligar o áudio):

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O SINAL DA BESTA NA LEI E NOS PROFETAS


Ezequiel, de Duccio di  Buonin-
segna. O tav na mão e na testa
foram inseridos por mim.
Código, de barras, cartão de crédito, microchip subcutâneo... O que mais vão inventar como sendo o sinal da besta do Apocalipse? Todas essas especulações partem de uma leitura pouco atenta de Ap 14,9.10a. Eis o texto:
Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca (xaragma) na fronte (metopou) ou sobre a mão (xeira), também esse beberá do vinho da cólera de Deus...   
De acordo com o texto, a marca (ou selo) da besta deve aparecer na fronte ou sobre a mão. João, com certeza, está fazendo alusão a uma antiga fórmula repetida pelos hebreus:
Ex 13,9 E será como sinal (’ot) na tua mão (yad) e por memorial entre teus olhos (‘ayn); para que a lei do SENHOR esteja na tua boca; pois com mão forte o SENHOR te tirou do Egito.
Ex 13,16 E isto será como sinal na tua mão e por frontais entre os teus olhos; porque o SENHOR com mão forte nos tirou do Egito.
Dt 6,8 Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos.
Dt 11,18 Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos.
Como se vê, era entre os olhos (na testa) e na mão que Yahweh “marcava” os seus fiéis súditos. Uma metáfora, não resta dúvida. O profeta Ezequiel retoma a fórmula (reduzida a apenas um sinal na testa) e a aplica aos israelitas que não se contaminaram com os ídolos estrangeiros:
Ez 9,4 e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal (um tav, última letra do alfabeto hebraico) a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.
Ez 9,6 mata a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; começai pelo meu santuário.
A grande diferença entre Ezequiel e Apocalipse é que no primeiro livro a marca é dada aos que se conservam fiéis a Yahweh. Em Apocalipse, ao contrário, os marcados são os que se curvam diante da Besta. A intenção de João é mostrar que a besta busca de todas as maneiras imitar Deus. Há inclusive uma trindade malévola: dragão, besta, profeta da besta (cap. 12, 13, 16), dotada de impressionante poder, capaz de operar milagres, ressuscitar mortos e até mesmo ressuscitar a si própria (uma clara paródia à ressurreição de Cristo – Nero?).

João falava a pessoas reais, num tempo de perseguição real. É de se esperar que sua mensagem tivesse algum sentido para seus destinatários. Quem quer que tenha sido a besta, já veio e já se foi. Aliás, já foi tarde....


Jones F. Mendonça

TOMANDO FÔLEGO

Não é o Everest, mas ter subido o morro da elevatória da CEDAE, em Campo Grande, RJ, foi uma experiência gratificante (foto 01). A segunda foto mostra um antigo reservatório de água abastecido pelo rio Guandu. O funcionário que trabalha na portaria me informou que abaixo do gramado há uma cisterna com cerca de 30 metros de profundidade! 

Ontem pedalei pelas trilhas do morro do Mendanha (ao fundo, na primeira foto). Dizem que existe um vulcão inativo por aquelas bandas. Meu objetivo é chegar à torre de retransmissão de UHF que fica no topo. Será uma longa jornada. 

No final de janeiro recomeçam as aulas no STBC. Vou lecionar hermenêutica bíblica, hebraico bíblico e Introdução Bíblica ao A.T. O contato com a natureza tem renovado minhas forças. 


Jones F. Mendonça



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A LÓGICA PERVERSA DE CAIO BLINDER





Em meio a gargalhadas, jornalistas do Manhattan Connection falam sobre o assassinato do cientista iraniano. Para Caio Blinder é preciso matar cientistas agora para evitar mais mortes no futuro. A justificativa: O Irã  descumpriu as resoluções da ONU no que diz respeito ao seu programa de enriquecimento de urânio. A pergunta que fica no ar: Países como EUA e Israel levam à sério as resoluções da ONU? 


Jones F. Mendonça

domingo, 22 de janeiro de 2012

A TEOLOGIA, SERVA DA ECONOMIA

"O nobre é a aranha, o camponês
é a mosca", Jacques Lagniet -
Biblioteca Nacional da Paris
Na Idade Média vigorava a ética cristã paternalista, cuja ideologia legitimava o status quo feudal. A sociedade era encarada como uma grande família, onde os pais representam os que detinham o poder (senhores feudais religiosos ou seculares) e os filhos, os trabalhadores (servos camponeses). A ganância, a avareza, o egoísmo e a ânsia de acumular riquezas eram severamente condenadas. Só uma pequena parcela da população deveria possuí-las, cabendo-lhes a responsabilidade de socorrer o pobre necessitado. A riqueza, dizia Clemente de Alexandria, deveria ser encarada como dádiva de Deus, utilizada em prol do bem estar do próximo. Para Tomás de Aquino “o homem que não dá esmola é ladrão”. Os mais ricos, valendo-se da ética cristã paternalista, justificavam a concentração de renda em suas mãos como naturais e justas. Enfiava-se um pedaço de pão na boca de um despossuído e estava tudo certo.

A teologia dos reformadores, no século XVI, fez surgir a ética individualista. Ao dizerem que a Escritura interpreta a si mesma e que a fé é uma verdade do coração, muitos negociantes, consultando o seu coração e fazendo uma interpretação particular de trechos das Escrituras, “descobriram”, com toda a honestidade e fervor, que suas práticas econômicas não constituíam ofensa a Deus, pelo contrário, “glorificavam-no!”. Alguns puritanos chegaram a afirmar que “Deus havia instituído o mercado e o câmbio”. Nem Lutero e nem Calvino devem ser considerados os pais da nova classe capitalista, mas é inegável sua contribuição para o novo modelo econômico que surgia.

Em 1714, Bernard Mandelville publicou “A Fábula das Abelhas: os vícios Privados, Benefícios Públicos”. A ética cristã paternalista foi posta de ponta a cabeça. Ele sustentava que se todos praticassem os vícios considerados mais degradantes pelo velho código moral, o bem comum sairia lucrando. O egoísmo, a avareza e o desejo de adquirir riquezas tornavam os homens mais industriosos e faziam prosperar a economia. E foi assim que o vício virou virtude.

A teologia, serva da economia...


Jones F. Mendonça

NÃO HÁ LUVAS PARA DEVEREUX

Heisenberg percebeu que é impossível observar um elétron sem criar uma situação que o modifica. É preciso escolher entre a posição ou a velocidade do elétron. Daí surgiu seu famoso “princípio da incerteza”. Em 1938 o etnólogo e psiquiatra Georges Devereux (1908-1985) introduziu esse conceito na etnologia (e nas ciências humanas de modo geral). O etnólogo, dizia Devereux, perturba aquilo que observa, que por sua vez perturba o próprio observador. Um círculo vicioso se faz.

Moral da história: Luvas esterilizadas funcionam bem com cirurgiões. 


Jones F. Mendonça

sábado, 21 de janeiro de 2012

A PIPA, A SOPA E O PIRATA

SOPA (Stop Online Piracy Act) e PIPA (Protect Intellectual Property Act) são duas leis anti-pirataria que têm como objetivo combater a pirataria online, com particular ênfase nas cópias ilegais de filmes e outras formas de mídia hospedados em servidores alojados fora dos EUA.

Criativo como sempre, Carlos Latuf ilustrou a batalha entre SOPAS/PIPAS X PIRATAS.



Jones F. Mendonça

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

HISTÓRIA DE ISRAEL, DE MARTIN NOTH [LIVRO]


Escrita em 1950, "História de Israel", de Martin Noth tornou-se obra de referência para quem estuda o Antigo Testamento. Noth é conhecido como o criador da hipótese (já descartada) de que o Israel pré-estatal, como em algumas cidades gregas, vivia sob uma anfictionia, confederação de tribos reunidas ao redor de um templo:
No obstante, parece ser que el número doce (o seis) conservado siempre fielmente, posea, además de motivos místicos, una utilidad realmente práctica; estas tribus constituidas en asociación tenían el deber de ocuparse del santuario y del culto común durante uno o dos meses cada una. En Grecia, a las ligas sagradas se las denominaba «anfictionías», es decir, «comunidades de gentes que vivían alrededor (de un santuario)», y esta expresión puede servir de terminus technicus para tales asociaciones (p. 93).
Certa vez procurei pelo livro em sebos e o máximo que consegui encontrar foi uma edição de 1970 em italiano "Storia Disraele". Dada a dificuldade em encontrar o livro, faço aqui uma exceção e indico o link onde é possível baixar uma edição em espanhol: 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A POLICIAL E O TERAPEUTA: REFLEXÕES SOBRE A MORAL


Questões de ordem moral pipocam todos os dias na mídia evangélica: “Vereador quer impedir que noivas se casem sem calcinha”, “Evangélicos lançam filmes e produtos sobre sexo”, “Pastores convocam evangélicos a boicotarem o Big Brother”. Lembrei-me de um texto sobre a moral que postei aqui no Blog em agosto de 2009. Eis o texto*:

Numa sala de consultório estão apenas um homem e uma mulher. Ele, um terapeuta. Ela, uma policial com sérios problemas ligados a área sexual. O consultório é agradável, com poltronas macias e aconchegantes. Quadros coloridos e um tapete felpudo dão um ar de informalidade. A policial, cheia de expectativa, imagina que o terapeuta terá ótimas respostas para o seu problema. Periodicamente ela vai ao consultório e lhe relata seus segredos mais profundos e íntimos. O terapeuta, muito atento, ouve com paciência todas as suas queixas e inquietações. O tempo passa e algo muito natural acontece. A paciente imagina que o terapeuta é o homem da sua vida. Ele é simpático, a ouve com paciência e ainda lhe transmite tranqüilidade e segurança. Os entendidos no assunto dizem que tal fenômeno tem nome, chama-se “transferência”.

Com o tempo a relação entre o terapeuta e a policial foi ganhando novos desdobramentos, pois o terapeuta também se sentiu profundamente atraído pela paciente. Isso o incomodou bastante, a ponto de pedir conselhos a uma médica de sua confiança. Ela lhe advertiu que a ética médica não permite esse tipo de relacionamento. Existem normas, regras a serem seguidas. O terapeuta ficou inconsolado e até pensou em deixar a profissão. O desejo pela paciente o consumia e um dilema passou a perturbá-lo dia e noite. De um lado os homens-encarregados-de-criar-as-normas, que lhe diziam: “Enquanto estiver no consultório você é apenas um terapeuta. Aprenda a se comportar como tal!”. Do outro lado seu coração que gritava: “tal qual um turbilhão é o amor, não há garras que o possam conter”. De um lado a norma. Do outro a subversão. Temos aí um sujeito tripartido. Ele é homem, imoral (já que tem forte tendência a romper com a moralidade vigente) e terapeuta.

Alguns amigos da paciente, que aprenderam direitinho as regras criadas pelos homens-encarregados-de-criar-as-normas, lhe disseram: “será que você não está confundindo o profissional-do-consultório com o homem-do-consultório?”. A mulher-policial-paciente ficou muito confusa, sem saber exatamente o que sentia e tampouco quem era. Como se não bastassem seus problemas de ordem sexual. Temos aí uma cidadã tripartida. Ela é mulher, moralista (já que tem forte tendência a não romper com a moralidade vigente) e paciente.

Há quem acredite na existência de uma moralidade absoluta, como se houvesse em algum lugar, num cofre distante, um modelo ideal de moralidade. Esse modelo ficaria lá trancado e sempre que precisássemos de uma certeza, o abriríamos e todas as respostas nos seriam dadas. Mas na verdade esse padrão normativo é criado pelos homens-encarregados-de-criar-as-normas. É um ofício importante, afinal o que seria de nós sem as regras? Até para construir este texto preciso de regras: regras ortográficas, de sintaxe, de concordância, etc. Não fazendo uso delas eu certamente não me faria compreender. Na sociedade elas funcionam como um freio. Na sua ausência correríamos o risco de produzir um mundo caótico. Mas será que essas normas devem ser seguidas de forma cega e inflexível?

Ter regras universais, eternas e inflexíveis torna mais fácil a vida de quem não se acha capaz de suportar as conseqüências de uma decisão errada. Lançar a responsabilidade pessoal sobre as normas pode trazer muito conforto para tais indivíduos. Por outro lado, a autonomia demanda responsabilidade. Romper com a norma padrão tem um preço e são poucos os que têm coragem de arcar com as conseqüências.

Voltemos ao caso do homem-bandido-terapeuta e da mulher-policial-paciente. A mulher tripartida quer carinho, quer ordem e quer cura para os seus problemas emocionais. O terapeuta tripartido quer paixão, uma aventura bandida e cura para a paciente. Todas essas divisões tornam o problema muito complexo. Como analisá-lo sob a ótica de uma regra cega, incapaz de lidar com sistemas complexos?

No final do episódio a mulher pesou na balança seus valores e entendeu que a ordem estabelecida era mais importante. Ela armou uma cilada e denunciou o terapeuta logo após ter sido assediada por ele. Os dois acabaram presos. Ele pelos moralistas. Ela, por sua própria moralidade.

*Esse texto é uma análise do episódio “Roma Isenta” do seriado “Picket Fences” transmitido pela CBS americana na década de 90.

Jones F. Mendonça

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A CRIPTOMNÉSIA DE NIETZSCHE

Also Sprach Zaratustra, de Strauss
Ouça aqui
A criptomnésia ou “memória escondida” pode nos pregar peças. Eis que você está escrevendo um artigo, uma crônica ou até mesmo um texto no seu Blog quando, de repente, surge uma nova ideia ou imagem. Você pensa que tais pensamentos foram produzidos por sua imaginação, mas não foram. 

Um famoso caso de criptomnésia foi percebido por Carl Jung enquanto lia “Assim falava Zaratustra”, de Friedrich Nietzsche. Jung achou um trecho da obra de Nietzsche muito parecido com um diário de bordo de 1686 cujo resumo foi publicado em 1835 (meio século antes do livro do filósofo alemão). Intrigado, Jung escreveu uma carta a irmã de Nietzsche, que confirmou que o livro fora lido por ela e por Nietzsche, quando este tinha 11 anos. 

Na opinião de Jung a história ficou gravada na memória de Nietzsche por décadas até que se deslocou do inconsciente para o consciente. Apesar de não ser impossível que Nietzsche tenha copiado o trecho do livro e inserido em sua obra, para Jung é mais provável que seu inconsciente tenha lhe pregado uma peça. 

Compare a passagem a respeito do diário de bordo e o trecho correspondente redigido por Nietzsche (o negrito é por minha conta): 
Diário de bordo:
Os quatro capitães e um comerciante, Mr. Bell, desembarcaram na ilha do Monte Stromboli para caçar coelhos. Às três horas reuniram o equipamento para regressar a bordo quando, para seu indizível espanto, viram dois homens voando velozmente no ar em sua direção. Um estava vestido de preto, outro de cinza. Passaram perto deles em grande velocidade, e para ainda maior susto seu desceram na cratera do terrível vulcão. Reconheceram-nos como dois conhecidos de Londres.

Assim falava Zaratustra: 

Nesta época em que Zaratustra residia nas Ilhas Happy, aconteceu de um navio ancorar na ilha onde fica o vulcão fumegante e a tripulação descer à terra para caçar coelhos. Ao meio-dia, no entanto, quando o capitão e seus homens se haviam reunido novamente, viram, de repente, um homem que vinha pelo ar em sua direção e uma voz que dizia nitidamente: 'É tempo, é mais que tempo!' 
Mas quando a figura aproximou-se deles, passando rápido como uma sombra em direção ao vulcão, reconheceram com grande espanto que era Zaratustra. .. 'Vejam!' , disse o velho timoneiro, 'vejam Zaratustra que vai para o inferno!'. 

A criptomnésia de Nietzsche é discutida na obra de Jung "On the Psycology of So-called Occult Phenomena", no volume I das Obras Completas. A citação acima foi retirada da seguinte obra: JUNG, Carl. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.



Jones F. Mendonça

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PAX ROMANA, DEMOCRACIA AMERICANA

Mais um criativo desenho do Latuff. 


Fonte: Latuffcartoons

DAKAR 2012 [FOTOS]

Acabo de chegar de Rio das Ostras, cidade da Região dos lagos no Rio de Janeiro. Na ida, foram 04 horas da minha casa à ponte Rio-Niterói (cerca de 60 Km percorridos). Velocidade média de 15 Km/h. Depois da ponte foram mais 4 horas. Um inferno! O ar condicionado de carro mil e três crianças impacientes no banco de trás quase me fizeram acreditar que a sexta-feira 13 dá mesmo azar. 

Hoje fiz uma visita ao The Big Picture e me deparei com as belíssimas fotos do Rally Dakar 2012. A foto 33 é de encher os olhos. Viajar num cenário assim, sem trânsito, placas, pedágio, pardais... Um sonho!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BATALHA NO ESTREITO DE ORMUZ: QUEM LEVA VANTAGEM, EUA OU IRÃ?

O clima anda tenso no estreito de Ormuz. O Irã ameaçou fechá-lo. Os EUA dizem que se isso for feito terão que abri-lo à força. O poderia militar americano é indiscutivelmente superior, mas segundo Mahdi Darius Nazemroaya, pesquisador associado ao Centre for Research on Globalization (CRG), a geografia do Golfo Pérsico dá algumas vantagens ao Irã. 

Leia aqui o texto publicado no Blog Outras Palavras. A Tradução é de Vila Vudu. 

Jones F. Mendonça

INSTITUTO DO TEMPLO CONCLUI PARTE DOS UTENSÍLIOS DO TERCEIRO TEMPLO

Fundado em 87, o Instituto do Tempo tem se dedicado a reconstrução do Terceiro Templo em Jerusalém. Até o momento foram concluídas réplicas de alguns utensílios, como a Menorah de sete braços, o altar do incenso e a mesa do pão, todos em ouro. A reconstrução do templo, é óbvio, depende da demolição da mesquita de Al-Aqsa (uma cena que eu não desejo assistir). 

O iTravelJerusalem.com publicou no YouTube um vídeo de 60 segundos divulgando o Instituto. Para visitar o site do Instituto do Templo e observar fotos dos utensílios já construídos, clique aqui. Leia uma matéria publicada no J Post aqui. Abaixo o vídeo:



Jones F. Mendonça

O OBSCURO MUNDO DAS CITAÇÕES

A cada dia minha desconfiança em relação ao que é noticiado pela mídia aumenta. Há algum tempo citei uma famosa frase atribuída a Mahmoud Ahrmadnejad: "Israel deve ser varrido do mapa". Descuido imperdoável da minha parte não ter citado a fonte. Aliás, na época procurei a frase em livros, mas simplesmente não achei. Ela aparece em jornais, mas ninguém cita quando e em que circunstâncias foi dita. 

Hoje, por acaso, acabei me deparando com um artigo escrito em 2007 e publicado no CASMII. De acordo com o texto, o líder iraniano não disse o que foi amplamente divulgado pela mídia. Na frase original, em persa, sequer aparecem as palavras "Israel" ou "mapa". A frase verdadeira seria: "O Imam [Aiatolá Khomeini] disse que este regime que ocupa Jerusalém deve desaparecer das páginas do tempo". 

A culpa pelo equívoco, segundo o texto, seria da própria imprensa iraniana, que traduziu mal a frase para o inglês. Que fique claro, eu não duvido que o líder iraniano cultive o perverso desejo de varrer Israel do mapa (desejo que também é cultivado por alguns líderes ocidentais em relação ao Irã). 

Como o pronunciamento, ao que parece, não foi gravado e eu não conheço o persa, ficará o dito pelo não dito. Vale o alerta: cuidado com o que você lê nos jornais. 

O artigo em inglês pode ser lido aqui
Leia o mesmo texto traduzido pelo Google aqui

Jones F. Mendonça

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O DEUS DE CALVINO NÃO É UM DEUS QUE AMA

Tomás de Aquino diz com muita coerência: “Deus não se move, pois movimento implica em mudança e Deus é imutável”. Calvino, seguindo a lógica de Aquino (que é a lógica de Aristóteles), diz que Deus não possui sentimentos: “quando ouvimos que Deus se ira, não devemos imaginar que exista nele qualquer emoção” (Institutas, Livro I, XVII, 13). Calvino chama isso de “antropomorfismo pedagógico”, ou seja, quando lemos na Bíblia que Deus se compadeceu, se irou, ou se arrependeu, devemos entender que essa é uma descrição do ponto de vista humano. Deus não sofre, não muda. Jamais pode ser afetado pela ação humana.

Fico pensando: como os pastores calvinistas têm a coragem de dizer diante de seus fiéis que Deus ama suas criaturas? Quem ama sofre! Quem ama tem seu humor alterado!  Na linguagem do Antigo Testamento o “intestino de quem ama grita” (Jr 31,20).  Mas para Calvino Deus é como um lago plácido, impassível.

Eu aplaudiria Calvino caso ele levasse às últimas conseqüências sua doutrina, afirmando que Deus é o autor do mal e que ele não é amor. Lutero e Calvino criticaram a escolástica por tentar esquadrinhar o coração de Deus. Mataram uma górgona e criaram uma quimera. Seria muito mais honesto se tivessem seguido os passos  do Xamã, que quando perguntado por sua filosofia ou teologia, respondeu: “não tenho teologia ou filosofia, eu apenas danço”.


Jones F. Mendonça

MAIS UM CIENTISTA IRANIANO É VÍTIMA DE ATENTADO

Segue notícia divulgada pelo Haaretz (11/01/12):
Segundo a mídia iraniana, na quarta-feira um cientista nuclear foi morto por uma bomba colocada em seu carro por um motociclista em Teerã.

[...]

Vários cientistas nucleares iranianos foram assassinados nos últimos anos. Teerã atribuiu o assassinato a Israel e os EUA. Os dois países negam as acusações.
O curioso é que muitos leitores do Haaretz apoiam o assassinato de cientistas iranianos (leia os comentários dos leitores no final da reportagem do Haaretz). Não acham que tal medida configure terrorismo. Aliás, terroristas são sempre os outros. O Fatah, o Hamas e a Al-Qaeda pelo menos assumem suas ações. 

Leia no Blog do Le Figado (1/01/12) uma matéria que afirma que o Mossad israelense está treinando curdos que vivem no norte do Iraque para efetuar ataques no Irã. 

Jones F. Mendonça

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

KUZNETSOV NA COSTA DA SÍRIA

Porta-aviões russo Kuznetsof. Foto: Moscow News
Segue trecho de matéria publicada o Cuba Debate (10/01/12):
El portaaviones ruso Almirante Kuznetsov anclado antes de lo planeado en el puerto Tartus de Siria en el Mediterráneo el domingo 8 de enero, llegó junto con el desctructor Almirante Chabanenko y la fragata Yaroslav Mudry.

[..]

Para contrarrestar este movimiento, Francia consignó un destructor de defensa aérea Forbin en las aguas de Tartus.
Deve-se saber: a Rússia possui uma base militar na Síria e considera inaceitável uma invasão ao país árabe. 

PROPAGANDA E JORNALISMO NA SÍRIA

Foto: Al Akhbar
Sim, sei que o presidente da Síria, Bashar al Assad não é flor que se cheire (aliás, Obama, Sarkozy e tantos outras  também não são), mas que a mídia ocidental tem manipulado descaradamente informações sobre o que realmente acontece no país, ah, não tenho dúvidas. Segue trecho muito sensato do jornal libanês Al Akhbar (10/01/12). Quem escreve é As'ad AbuKhalil:
Até agora, a mídia ocidental tem manipulado sua cobertura sobre a Síria. Desde os primeiros meses a mídia ocidental tem insistido (contra alegações contrárias pelo regime repressivo) que a revolta da Síria segue de forma pacífica, isto é, que faz parte da elogiada "primavera árabe" [...] O regime ficou no poder até agora a grande custo para o povo sírio, mas a história sobre a Síria não está sendo bem contada.."
O que aconteceu na Líbia está se repetindo na Síria. Grupos armados, instigados por países muitos interessados em derrubar o regime de Bashar al Assad, tem agitado o país. É importante lembrar que a Síria é o único país árabe aliado do Irã. É preciso dizer mais alguma coisa?


Leia o Blog da Síria ao Vivo (já traduzido pelo Google), no Al Jazeera. 


Jones F. Mendonça

E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE...

Por Carlos Latuff (veja mais aqui)

IRÃ X EUA, NOVOS CONFLITOS

A revista Archaeology edição 65, Jan/Fev 2012, traz uma matéria sobre a disputa judicial envolvendo dezenas de milhares de tabuinhas de barro descobertas em Persépolis, Irã, na década de 30 e levadas para Chicago, nos Estados Unidos. Os fragmentos foram datados para o século V a.C. Segue trecho da matéria:

Temendo a perda do arquivo, a universidade [de Chicago] passou a digitalizar, em ritmo acelerado, milhares de imagens das tabuinhas, que registram as contas do dia-a-dia do império durante o reinado de Dario, o Grande (521-486 a.C.) e incluem registros de pessoas que viajaram em nome do rei, listas de rações dos trabalhadores, e anotações a respeito das oferendas feitas aos deuses.

No ano passado  um importante documento persa, o cilindro de Ciro, foi objeto de disputa entre o British Museum e o governo iraniano.  O museu de Londres emprestou o artefato ao Irã, que  adiou por diversas vezes sua devolução. Só no início do ano passado o cilindro de 2,5 mil anos foi reincorporado à coleção do museu britânico

Jones F. Mendonça

domingo, 8 de janeiro de 2012

O NOVO HERÓI: CAPITÃO ISRAEL

No mínimo ridículo... Leia aqui e aqui


Note que a serpente do primeiro quadro tem as cores
da bandeira palestina. 

ACORDA, BRASIL!

Ontem o André postou no Facebook um episódio do programa 60 segundos falando sobre o Brasil (aliás, coisa rara é encontrar postagens que prestem por lá!). No documentário o empresário brasileiro Eyke Batista revela ao repórter americano suas impressões sobre nosso país. No final ele diz que os brasileiros, diferentemente dos americanos, não se preocupam com a guerra, pois nosso país tem muitas belezas, sol, praias, futebol... É, mas em minha opinião deveriam se preocupar. Sábio foi Vegécio: "Se queres a paz, prepara-te para guerra". 

Desde a década de 90 o Exército vem extinguindo, criando e transferindo quartéis. Em Goiânia foi criada a Brigada de Forças Especiais. A Vila Militar do Rio, por exemplo, não faz mais sentido num estado que não é mais a capital. Quem passa por lá e observa com atenção percebe que muitos quartéis estão vazios. Foram deslocados para a região central do Brasil. Mas a coisa acontece muito devagar. Muitos dos que estão hoje no governo foram perseguidos na época da ditadura, por isso olham os militares com desconfiança e/ou desprezo.  Coisa rara é encontrar alguém da esquerda consciente deste problema (leia um aqui). 

Inventar pretextos para invadir um país, sabemos bem, é especialidade dos Estados Unidos e de muitos países europeus. Do jeito que o mundo anda, tudo pode acontecer. 

Abaixo o vídeo: 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CALVINISMO, ARMINIANISMO E TEOLOGIA DO PROCESSO - REFLEXÕES


Obra que influenciou
os teólogos do processo
Para ilustrar o que [não] é o calvinismo elaborei uma pequena história: 
Théo, rei que possui um vasto território sob seu domínio, enviou dois de seus súditos a uma cidade próxima a fim de que colhessem uma erva de poderes curativos. Antes de partirem, o bom e misericordioso Théo lhes deixou uma advertência: “não sigam pelo pântano, ainda que seja um caminho mais curto. Muitos já foram tragados pelo solo pantanoso daquele lugar”.


Os dois súditos, não dando crédito ao aviso do soberano, seguiram pelo território proibido e acabaram atolados até o pescoço. Os dois já estavam desmaiados quando Théo, que acompanhava ocultamente os dois descuidados súditos, chegou ao local. Ainda que Théo pudesse salvar os dois homens, ele misteriosamente escolheu apenas um para tirar do atoleiro. O outro, como era de se esperar, morreu tragado pela lama. A graça de Théo alcançou apenas um. O outro foi condenado por sua própria desobediência.
A história acima poderia muito bem ser utilizada como ilustração para a doutrina calvinista, não fosse um detalhe: na perspectiva de Calvino a queda dos dois súditos na areia movediça precisaria necessariamente ter sido preordenada (e não apenas prevista) por Théo. Neste caso, dizer que um dos homens foi condenado por sua própria concupiscência não condiz com a lógica dos fatos.  Se o governo de Deus sobre o mundo ocorre tal como Calvino supõe, somos todos personagens de um livro já escrito e fechado, sem possibilidade de correções. Para Calvino Adão pecou porque Deus preordenou. Até mesmo os criminosos cumprem os propósitos divinos. Fica a pergunta: se seus atos foram preordenados, como podem ser responsabilizados por eles? É neste ponto de Calvino apela ao mistério, recurso muito útil aos teólogos.

O arminianismo apresenta uma saída para este problema argumentando que Deus elege para a perdição e salvação baseando-se em sua presciência e não em decretos. Na perspectiva arminiana, indivíduos são salvos/condenados não porque Deus simplesmente quis assim, mas porque já sabia de antemão quem iria aceitá-lo/rejeitá-lo. Ainda que insistam que a salvação não pode ser alcançada sem a graça de Deus, os arminianos defendem que o homem desempenha um papel ativo, cooperando com a graça (como na teologia católica, respeitadas suas diferenças).  O arminianismo tenta conciliar soberania divina com liberdade humana.

Há quem argumente que no fundo o arminianismo não é muito diferente do calvinismo. Se Deus sabe que amanhã ao meio-dia serei atingido por um raio, não me torno, como no calvinismo, um personagem de um livro fechado e selado, condenado a seguir um roteiro cujas letras, escritas a ferro e a fogo, não se podem mover? Para resolver este problema e afirmar a autonomia e liberdade humana, seria necessário negar a onisciência divina. Assim nasce a teologia do processo.

Querendo enfatizar a autonomia e liberdade humana, a teologia do processo passou a defender que Deus simplesmente não conhece o amanhã. Para os teólogos do processo Deus é apenas persuasivo, nunca coercitivo. Ele é imutável apenas no caráter e intenção, mas mutável quanto a experiência e relações. Outra característica da teologia do processo é a ênfase na imanência de Deus: Ele e o mundo estão intimamente envolvidos, e se afetam mutuamente. Percebe-se nesta teologia certa tendência ao panenteísmo (Deus está no mundo, todavia, é mais que o mundo). Há quem acuse o teísmo aberto de ser uma adequação ao pensamento moderno sobre a natureza do mundo ou de buscar conexões com a filosofia. Mas é preciso lembrar que a teologia cristã, principalmente a partir de Paulo, foi fortemente influenciada pela filosofia platônica.  O próprio Calvino (como Lutero), que se diz essencialmente bíblico, bebeu em Agostinho, que por sua vez bebeu em Platão.

É, todo mundo bebe em algum lugar. Eu não sou diferente, confesso. O que eu acho sobre a relação entre liberdade humana/soberania divina? Ah, tenho mais o que fazer...

Jones F. Mendonça

VENCEDORES DO CONCURSO NATIONAL GEOGRAPHIC 2011

O The Big Picture selecionou algumas das fotos vencedoras do National Geographic Photo Contest 2011. A relação completa pode ser vista aqui. Você pode escolher entre as três categorias: natureza, pessoas e lugares. Abaixo uma belíssima praia filipina: 

FOTO EDITADA PELO RABINATO MILITAR DE ISRAEL CAUSA POLÊMICA

O Rabinato Militar de Israel lançou um documento educativo antes do feriado do Hanukhah (festa que comemora a restauração do templo após a revolta dos macabeus - 164 a.C.), no mês passado, com uma foto da área ocupada pelo antigo Templo de Jerusalém sem o Domo da Rocha, local sagrado para os muçulmanos. O Haaretz (05/12/12) considerou a imagem uma provocação. O Rabinato Militar se defendeu dizendo que a ideia era divulgar uma imagem que retratasse o local na época do Segundo Templo (período helenístico). Estranho é que a imagem editada parece reproduzir a Jerusalém moderna...



Jones F. Mendonça

A INVASÃO DE GAFANHOTOS DE 1915

Em 1915, já sofrendo com a devastação provocada pelas batalhas da Primeira Guerra Mundial, os moradores da Palestina  ainda tiveram que amargar uma praga de gafanhotos com dimensões bíblicas. O jardim de Getsêmani, antes e depois da praga, pode ser observado nas fotos abaixo:


Antes

Depois

Muitos ensaios fotográficos da Palestina dos séculos XIX e XX no Israel Daily Picture


Jones F. Mendonça

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

CARAVAGGIO: FLAGELAÇÃO DE CRISTO

Meu artista preferido: Michelangelo Merisi da Caravaggio. O que mais me encanta em suas telas é a maneira como ele trabalha a luz e a sombra, o visível e o oculto.  A tela "Flagelação", obra encomendada para a Capela de San Domenico Maggiore,  é um dos mais belos exemplos de sua técnica. Observe que o corpo de Cristo está no centro, bem iluminado. Seus verdugos, nas lateais, recebem menos luz; são fortes; tem semblante pesado. Na mais completa escuridão trabalham suas mãos. Não sabemos o que causam o sofrimento do Cristo. O corpo visível é castigado por mãos que trabalham em oculto. Magnífico!

Flagelação (1607) - Museo Nazionale di Capodimonte (clique para ampliar)
Mais de Caravaggio no Numinosum aqui e aqui e aqui

Jones F. Mendonça

ESAÚ ERA UM VAMPIRO?

Esaú e Jacó - Matthias Stom, 1640 - The Hermitage, St Petersburg
Lendo uma matéria no J Post sobre um incidente envolvendo judeus ultra-ortodoxos e uma aluna em Beit Shemesh, acabei indo parar no Blog de Natan Slifkin, adepto do "judaísmo racionalista". Slifkin publicou no seu Blog um artigo muito curioso (de autoria não identificada) que exemplifica como é fácil induzir o leitor a interpretações absurdas. Valendo-se dos inúmeros artifícios da exegese judaica, esse autor anônimo conseguiu provar que Esaú era, quem diria, um vampiro! 

Leia o texto já traduzido pelo Google aqui
Em inglês aqui

Outro texto, apresentando supostas referências aos lobisomens na Bíblia aqui


Jones F. Mendonça

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

PESQUISANDO PALAVRAS GREGAS NO BIBLE WORKS


O The Bible Studies and Technological Tools publicou dois artigos ensinando como utilizar os recursos da Bible Works na pesquisa de palavras gregas do Novo Testamento. Veja aqui e aqui


Jones F. Mendonça