segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MORRE TEÓLOGO SCHILLEBEECKX

Amsterdã, 28 dez (RV) - Morreu em Nimega, na Holanda, na vigília de Natal, o teólogo belga Edward Schillebeeckx, aos 95 anos.

Inspirador na segunda metade da década de 1960 do "Novo Catecismo Holandês", o
teólogo dominicano é célebre também pelos seus livros sobre a figura de Jesus Cristo.

O seu trabalho teológico se centralizou sobre o problema da fé cristã à luz da cultura contemporânea, ou seja, de como é possível interpretar a fé em diversos contextos culturais.

Na década de 70, a sua reflexão foi considerada uma
''teologia da práxis'', por certa proximidade com as teorias marxistas e a teologia da libertação.

Entre suas obras mais famosas, recordam-se "Cristo, sacramento do encontro com Deus'' (1960), "Jesus, a história de um vivente" (1976), "O Cristo, história de uma nova práxis" (1977).
(BF)


Fonte: radiovaticano

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ISRAEL: FRASE CONTRA OS CRISTÃOS

Jerusalém, 14 dez (RV) – Uma frase em hebraico, com as palavras “Morte aos cristãos” apareceu nos dias passados próximo ao Cenáculo, um dos lugares santos mais preciosos para a cristandade. O gesto foi feito enquanto no Vaticano se realizava a Plenária da Comissão bilateral permanente de trabalho entre a Santa Sé e o Estado de Israel.

A escrita, feita com tinta preta apareceu ao longo do muro da
Basílica da Dormição, no Monte Sião, a poucos metros do lugar onde os cristãos recordam a instituição da eucaristia e o nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. A frase foi imediatamente apagada para não aumentar as tensões entre cristãos e judeus.

Fontes eclesiásticas afirmam que os autores seriam
jovens judeus nacionalistas, membros de alguma escola rabínica. Não é a primeira vez que esses jovens encontram um modo para ofender a presença dos cristãos e os lugares santos naquela área. Frequentemente, diante da porta da Igreja do Cenáculo, conservada pelos franciscanos, esses grupos fazem as suas necessidades fisiológicas em desprezo pelo lugar; em outras ocasiões eles cospem contra sacerdotes ou religiosas que passam por ali.

A Igreja do Cenáculo não é o Cenáculo original onde Jesus instituiu a eucaristia. Este lugar santo é agora
propriedade do governo de Israel, apesar de que já no século 14 pertencia à Custódia franciscana da Terra Santa. No século 16 os otomanos expulsaram os franciscanos, que, porém nunca renunciaram ao seu direito de propriedade.


O episódio da escrita ocorreu precisamente enquanto no Vaticano se discutia sobre o retorno do Cenáculo e de outros lugares santos à Igreja Católica. A esse propósito, Daniel Ayalon, vice-ministro do Exterior e chefe da delegação israelense, antes e depois do encontro declarou que “Israel não renunciará à propriedade do lugar da Última Ceia ou de outros lugares santos sob a sua direta soberania”. (SP)

UM BELO POEMA...

APOCALIPSE MÍNIMO

Bem-aventurado quem lê e ouve as palavras desta alegria

Porque o tempo está próximo.

Ouvi por detrás de mim uma pequena voz como de assovio,

e que dizia:

o que vês, e ouves, escreve-o em uma melodia e envia-o.

E eu vi um gafanhoto que dizia

que todas as coisas grandes serão substituídas

por todas as coisas pequenas:

O infinito pelo grão;

A eternidade, por um triz;

A piedade, pelas coisas;

A verdade, pelas palavras;

O amor, pela graça;

O pecado, pelo capricho;

A história, pela gesta;

A certeza, pelo sim

Eu sou o que é, o que era e o que há de vir: a letra e o

som, a colméia e a teia, a brecha e a raiz [1].

[1] JAFFE, Noemi. Todas as coisas pequenas. São Paulo: Hedra, 2005.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O QUE É UM KIBUTZ?

Quem explica é Doreen Fine:

“Alguns judeus vivem isolados em fazendas ou em pequenas cidades, longe dos centros de concentração judaica. Em Israel, muitos judeus vivem em fazendas comunais. Este tipo de fazenda é conhecido como Kibutz. As crianças de um kibutz vivem juntas, vão juntas para a escola, moram juntas e brincam juntas, como você pode ver na fotografia à esquerda. Os pais fazem todo o trabalho do kibutz em turnos diferentes. Isto pode ser no campo ou em casa, na cozinha ou na lavanderia. Eles também se revezam na direção do kibutz”[1].

Para aprender um pouco mais sobre o assunto, ouçamos Paulo Geiger:
“Depois do comunismo primitivo da Antiguidade, em nenhum dos sistemas socialistas do mundo, que tantos houve durante algum tempo, atingiu-se tal grau de igualdade [...] Ninguém era dono dos meios de produção, nem dos serviços, sem de suas moradias e, em alguns kibutzim, nem sequer da sua própria roupa”[2].
Só pra finalizar. A palavra hebraica kibutz (קיבוץ) significa “reunião”, ou “juntos”.

Fontes:
[1] FINE, Doreen. O que sabemos sobre o judaísmo.Tradução de Mirian Gabbai. São Paulo: Callis, 1998, p. 8.

[2] FUKS, Saul (org.). Tribunal da história: julgando as controvérsias da história judaica. Rio de Janeiro: Relume: Centro de história e cultura judaica, 2005, p. 192