domingo, 1 de maio de 2011

AS VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA - LIVRO

 GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

Desde a colonização a América Latina vem sendo explorada economicamente e dominada politicamente, inicialmente pelos europeus e depois pelos Estados Unidos. Toda essa história é contada pelo jornalista uruguaio Eduardo Galeano no livro “As veias abertas da América Latina”. No posfácio de uma edição publicada sete anos após o lançamento do livro surge esta triste história:
Carolina Maria de Jesus nasceu no meio da sujeira e dos urubus. Cresceu, sofreu, trabalhou duro; amou homens, teve filhos. Num livrinho, anotava com letra ruim suas tarefas e seus dias.
Um jornalista leu esses livros por acaso e Carolina Maria de Jesus converteu-se numa escritora famosa. Seu livro Quarto de Despejo, diário de cinco anos de vida num sórdido subúrbio da cidade de São Paulo, foi lido em quarenta países e traduzido para treze idiomas.
Cinderela do Brasil, produto do consumo mundial, Carolina Maria de Jesus saiu da favela, correu mundo, foi entrevistada e fotografada, premiada pelos críticos, agasalhada pelos cavalheiros e recebida por presidentes.

Passaram-se os anos. No início de 1977, numa madrugada de domingo, Carolina Maria de Jesus morreu em meio ao lixo e aos urubus. Ninguém lembrava da mulher que escrevera: “A fome é a dinamite do corpo humano”.
Carolina saiu do lixo. Colocaram-lhe um rótulo, virou produto, conheceu o luxo. Desgastada pelo consumo voltou ao lixo. Na sociedade do consumo é assim, as pessoas viram produto. Rompe-se o encanto, e tudo volta a ser como era antes. 

2 comentários:

  1. Procure ler e informar-se melhor sobre a escritora Carolina Maria de Jesus. Ela não morreu no meio do lixo e urubus , como escreveu acima. Por acaso há racismo, descaso ou outro sentimento não identificado além de sua ignorância ????

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  2. Meu caro anônimo, quem escreveu o livro e contou sobre o triste fim de Carolina foi Eduardo Galeano e não eu. Apenas transcrevi um trecho do livro e fiz um comentário no final (considerando ser seu testemunho verdadeiro).

    Seu comentário é mal educado. Sua leitura desatenta. Ainda assim publico seu comentário.

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