Por Jones Mendonça
A discussão entre liberais e fundamentalistas é antiga. Os liberais mais extremados defendem, por exemplo, que a Bíblia é uma mera narrativa que exprime a fé de um grupo de pessoas. Negam, portanto, que seja produto da inspiração divina.
Os fundamentalistas, por outro lado, defendem a inspiração bíblica “letra por letra”. Adoram defender o “Textus receptus” (leia abaixo um artigo sobre o assunto) como correspondendo exatamente o texto escrito pelos autores bíblicos.
Se o ponto de vista dos liberais leva o cristianismo à falência, o fundamentalismo produz intolerância e arrogância.
Mas a questão entre liberais e fundamentalistas é mais complexa do que parece. Carl Barth, por exemplo, foi chamado de fundamentalista pelos liberais e de liberal pelos fundamentalistas. Enfim, não agradou nem antioquenos e nem alexandrinos!
Rudolf Bultmann é outro desses casos. Ele foi, ao lado da Carl Barth, um crítico da teologia liberal. Por ironia hoje ele é conhecido como um teólogo liberal. Vai entender...
Eu, por exemplo, me considero um equilibrado (como todo mundo, é claro!), mas já fui chamado de “batista roxo”, “ultra ortodoxo” e coisas do gênero. Em alguns círculos acabei rotulado de liberal.
E a gente vai vivendo assim, na corda bamba...
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