Hoje,
ocorre dentro do território sírio um confronto entre dois eixos de poder. Não
se trata de um conflito entre o “eixo do bem” e o “eixo do mal”. Há apenas
interesses.
De
um lado está o regime Bashar al-Assad, o Irã e o
grupo xiita libanês Hezbollah. A Rússia, também apoiando o
regime de Assad, acaba de fornecer ao governo sírio alguns mísseis S-300 na
tentativa de evitar a intervenção estrangeira. Israel, que já realizou alguns
ataques aéreos na Síria, teme fazer novas intervenções, pois os mísseis russos
são capazes de atingir seu território.
Do
outro, o Exército Livre Sírio, apoiado pelas monarquias árabes
comandadas por Arábia Saudita e Catar, a Turquia, a frente al-Nusra
(braço da al Qaeda) e, em menor escala, por enquanto, as potências
ocidentais, nomeadamente Estados Unidos, Israel, França e Reino Unido.
Atualmente
a Síria se encontra numa situação tão caótica que não há qualquer perspectiva
de solução. Para os EUA interessa um novo governo, comandado por um líder
secular. Tal é a quantidade de forças envolvidas no conflito que é difícil é
saber como fazer isso. A complexidade do conflito explica a
atitude hesitante de Obama.
Para
a Rússia interessa a permanência de Bashar al-Assad. A Síria é uma antiga
aliada da Rússia e o país está localizado numa posição estratégica. Os cristãos
que vivem no país também preferem a permanência do ditador, que apesar da fama
de sanguinário não os persegue.
Jones F. Mendonça
O detalhe de Bashar al-Assad é um regime sunita...isso deixa as coisas mais 'Light' frente ao ocidente,por isso a hesitação de norte-americanos,ingleses e franceses...
ResponderExcluirAgora,o que eu acho sempre engraçado é chamar Israel de 'Potência Ocidental'...assim como chamam o Japão às vezes.São países aliados do ocidente,mais continuam sendo orientais,desenvolvidos ao extremo,mas orientais.O primeiro é o inventor do celular e o segundo é o mestre da robótica,mas continuam Potências Orientais.
Luiz,
ResponderExcluirIsrael de fato não deve, por uma questão geográfica, ser apresentado como uma "potência ocidental". É por vezes colocado entre os ocidentais meramente por uma questão política. De qualquer forma fica a sua ressalva.