Por Jones Mendonça
Há dois grupos que se destacam quando o assunto diz respeito as descobertas arqueológicas na Palestina. O primeiro é formado por céticos quanto a historicidade dos relatos bíblicos. A tendência deste grupo é sempre a de minimizar os achados arqueológicos.
O segundo grupo é formado por pessoas que superdimencionam os mesmos achados. Se um arqueólogo encontra um bordão de do século 13 a.C. logo se diz que essa é uma prova da existência de Moisés.
A história nos mostra que é sempre bem vinda uma certa cautela quando a interpretação que se dá a um achado. Quando foi descoberto por Gordon Loud e P. L. O. Guy um conjunto de estábulos em Megido ele mais que depressa foi atribuído a Salomão[1], já que a Bíblia cita as cavalariças deste rei. Mais tarde ele foi reconhecido como sendo do século seguinte[2].
A notícia divulgada pela imprensa de que “ruínas de três mil anos fornecem provas da existência do rei Salomão” é um exagero e tanto. Qualquer leitor mais atento ao conflito entre palestinos e judeus sabe que seria muito interessante para o governo israelense provar a existência de um reino unificado em Jerusalém no século X a.C.
Fugindo do ceticismo ou empolgação exagerados, o melhor é ficar atento ao avanço das pesquisas sem abandonar a fé ou a razão.
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