O
problema do fundamentalismo islâmico não é exatamente o Corão. Cristãos e
judeus também souberam (e sabem) justificar a violência a partir de suas
escrituras sagradas. Um lê: “ama o teu próximo”; o outro lê: “não vim trazer a
paz, mas a espada”. Um é Luther King; o outro é Inquisição. E não importa aqui
como devem ser lidos, mas como leem.
É
preciso buscar na história as raízes do radicalismo islâmico que choca o mundo.
Em três etapas: 1) O Império Turco Otomano sucumbe após a Primeira Grande
Guerra; 2) O “Mundo muçulmano” desmorona e é explorado pelas grandes potências
Ocidentais; 3) Indivíduos ressentidos, incapazes de reagir com dignidade, com
inteligência, com decência, usam a religião como fundamento para sua guerra
santa.
Enfim,
no fundo o problema do fundamentalismo violento é o mesmo: o ressentimento. O
verme que corrói a alma de membros da Ku Klux Klan é o mesmo que mastiga as
vísceras de um membro do ISIS. São fracos fingindo que são fortes. Covardes sob
o manto da valentia.
Jones
F. Mendonça
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