sexta-feira, 9 de novembro de 2012

APOLOGIA


Acabo de examinar “Septuaginta: guia histórico e literário”, de Esequias Soares (Hagnos, 2009, 110 páginas). Quando vi que se tratava de uma obra publicada por uma editora evangélica torci o nariz (é, eu confesso). Mas eis que uma “voz interior” me disse: “Jones, não seja preconceituoso, examine o livro antes de julgá-lo". Mas já na introdução encontrei isto:
...as evidencias indicam que na époa de Jesus o Cânon estava definido. O que aconteceu antes não invalidará o valor nem a autoridade das Escrituras Hebraicas e não comprometerá a sua inspiração divina (p. 13).
[...]
As descobertas do mar Morto são a confirmação de que os tradutores da LXX não inventaram nada, tudo o que esta no texto grego estava nos substratos hebraicos usados como base na época da tradução (p. 14).
Corri meus olhos pelas páginas do livro e cheguei à conclusão:
Os massoretas jamais ousaram modificar uma palavra das Escrituras, pois o cânon já estava fixado, o que e diferente dos sopherim encarregados de padronizar e revisar textos (p. 81).
Nas primeiras páginas: apologia, apologia e apologia. Na conclusão: apologia, apologia e mais apologia. Uma canseira.

A saída? Recorrer às editoras católicas e luteranas.


Jones F. Mendonça

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