Arjuna cismou de conhecer o deserto de Terrasseca. Fez a viagem aconselhado por Sanjaya, cunhada de sua tia Odara. Tomou o avião e desembarcou no aeroporto de Pinossolto. O céu do lugar até tinha nuvens, mas eram nuvens secas; até tinha lagos, mas eram lagos insalubres; até tinha árvores, mas eram árvores sem flor, sem fruto e com raízes amargas. Percebeu, após longa jornada, que era possível encontrar na região alguma fagulha de esperança, mas era esperança projetada em horizontes absolutamente inalcançáveis. Angustiado, resolveu voltar para casa. Só então percebeu que o aeroporto fora tragado para o coração da terra. Arjuna sentou-se então para chorar, mas de seus olhos não saía água. Eram agora olhos secos, como tudo que o cercava.
Jones F. Mendonça
Mister Jones, os nomes desse texto são anagramas? Se sim, o que seria Arjuna?
ResponderExcluirFritei meus sete neurônios tentando desvendar o que significa esse texto dieimesjoicyano (ou pra ficar com um exemplar tupiniquim, guimarãesrosiano).
Não entendi bulhufas!
Esse texto fala de política? ou de algum fato que aconteceu no meio religioso?
Peço escusas pela minha ignorância boçal, mas estou viajando até agora.