2. Enquanto a burguesia latifundiária rural defendia a velha ideologia feudal ibérica, os protestantes chegavam trazendo consigo, além da religião, a nova ideologia liberal anglo-saxônica. Imaginavam, inspirados na filosofia do destino manifesto, que eram representantes do progresso econômico, político e cultural. Na prática os missionários protestantes atuavam – conscientes ou não – como agentes do imperialismo estadunidense.
3. As portas para as religiões de matriz protestante se abriram em 1810, por meio do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação celebrado entre a Coroa Portuguesa e a Inglaterra. Embora fosse um tratado comercial, o documento assegurava aos ingleses residentes no Brasil, a “perfeita liberdade de Consciência, e licença para assistirem, e celebrarem o Serviço Divino em honra do Todo Poderoso Deos” (art. XII).
4. Os locais de culto, no entanto, precisavam ter a arquitetura “semelhante às casas de habitação” e, um detalhe importante: não podiam ter sinos para anunciar as atividades religiosas. Você pode acessar e ler o documento – escrito no bom português do século XIX e digitalizado pela equipe da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin – clicando aqui.
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