O
termo “ideologia” nasceu na França, após da Revolução Francesa. “Ideólogos”,
naquele tempo, eram os pensadores críticos de toda a explicação da realidade
que não levasse em conta as causas naturais (como os cientistas de hoje). Eram
materialistas (e verdadeiramente liberais).
Opuseram-se
à educação religiosa, na medida em que legitimava o poder absoluto dos reis
(como se descesse dos céus). No desejo de desqualificar os adversários,
Napoleão deu ao termo um sentido pejorativo. A razão é óbvia: os ideólogos
perceberam que Napoleão queria restaurar o Antigo Regime e se opuseram a ele.
No
geral, ideologia é definida como uma ideia usada para legitimar um poder
(dominante ou não). Atualmente o termo está na boca do povo. É ideologia disso,
ideologia daquilo, ideologia-de-não-sei-o-quê. Nesse mundo líquido, no trilho
dos conceitos dissolvidos, ideologia pode ser qualquer coisa. Enfim, ideólogo é
sempre o outro. Uma guerra com espadas de papel.
Jones
F. Mendonça
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