“A geena [forma grega para ge-hinom = vale de Hinom] é um lugar repugnante, em que se lançam sujeira e cadáveres, e nos quais os incêndios ardem perpetuamente para consumir a imundície e os ossos. Em consequência, por analogia, o julgamento dos ímpios é chamado de 'Geena'”.
Esta observação,
feita no século XII d.C. pelo rabino David Kimhi, deu origem ao mito que
sustenta ter existido no vale de Hinom uma espécie de depósito de lixo, usado por
Jesus como metáfora para o castigo eterno destinado aos ímpios (Mt 10,28).
Mas a descrição é
do século XII. Quem garante que no século primeiro o depósito já existia? Na
verdade não há qualquer evidência literária ou arqueológica capaz de confirmar
a existência do tal depósito de lixo.
O uso do vale de
Hinom como metáfora para o castigo reservado aos ímpios vem dos profetas
bíblicos: Jr 7,31-32; Is 30,33 e 66,24 (cf. 2Rs 23,10). O resto é conversa
fiada (até que se prove o contrário).
Jones F. Mendonça
Para alguns é mais fácil crer no fogo eterno e na condenação eterna é muito amor no coração.
ResponderExcluirAbsurdo!
Jesus falava por parábolas, usava coisas comuns ao cotidiano dos judeus, para falar da espiritualidade.
Quem tem ouvidos para ouvir que ouça, quem tem olhos para ver, que veja.
Os doutores assim como na época de Jesus, custam a crer.
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