“O brutal só se destrói com força bruta”. Este é
o argumento da direita contra as ditaduras comunistas e os radicais islâmicos.
Este é o argumento da esquerda contra a ditadura de uma elite que se perpetua
no poder manipulando a mídia e controlando o poder político e econômico. Os
primeiros lutam contra “inimigos externos”. Os segundos contra os “inimigos
internos”.
No fundo todos recorrem às armas a fim dar vazão
a suas ideologias, princípios e instintos de sobrevivência. Ninguém está
disposto a sofrer até a morte em silêncio. As grandes potências, quando se
sentem ameaçadas, recorrem a seus exércitos regulares. Os mais fracos, quando
na mesma situação, pegam o que tem às mãos: enxadas, foices, bombas caseiras, coquetéis
molotov...
No fundo somos todos iguais. Todos humanos. Todos
atormentados pela eterna tensão entre o viver e o morrer, entre a paz e a guerra, entre o silêncio e o grito. O ser humano: tumulto
ambulante hospedando uma luta incessante entre racionalidade e a demência.
Jones F. Mendonça
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