Embora
Lutero tenha criticado o abuso das imagens, conseguiu perceber nelas certo
valor como “memoriais e testemunhos”. Ele chegou a afirmar que, se pudesse,
mandaria pintar toda a Bíblia dentro e fora das casas. Mas o reformador acabou
vencido por figuras como e Karlstadt e Calvino, radicalmente iconoclastas, e a
arte foi expulsa dos templos e entregue à consciência profana e secularizada.
Uma pena. As Bíblias ganharam capa preta, “ilustradas” apenas com letras,
indicando que o protestantismo é a religião da palavra (ou muçulmanos ao menos
fizeram arte com as letras).
Para provar que é possível ser um monoteísta radical e ainda
assim valorizar a arte na representação de cenas bíblicas, vale conhecer o
trabalho de Marc Chagall (1887-1985), judeu nascido na Bielorrússia.
Jones F. Mendonça
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