O corpo humano como obra de
beleza e perfeição é invenção dos gregos. Uma escultura clássica que revela a
busca pela beleza ideal: O Hermes com o jovem Dionísio, de Praxíteles (séc. IV
a.C.). A nudez não traz vergonha, desconforto.
Artistas renascentistas, tomando
os gregos como modelo, passaram de novo a retratar a forma humana como a
encarnação de algo superior. Um exemplo: O Davi de Michelangelo (1501-1504). O
pequeno rei ruivo, como Hermes, não parece desconfortável com sua nudez.
Influenciado por ideias platônicas o cristianismo rejeitou a percepção otimista que se tinha do corpo. Repare nesta gravura (imagem acima) exposta na
porta da catedral de Hildeshein, Alemanha: Deus aponta para Adão; Adão aponta
para Eva; Eva aponta para a serpente. Homem e mulher procuram esconder sua
nudez.
Os gregos percebiam o corpo como
expressão da beleza. A tradição judaico-cristã via na pele nua expressão do
pecado.
Jones F. Mendonça
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