1. Uma das primeiras coisas que o estudante de hebraico aprende é que seu alfabeto possui 22 consoantes e que palavras de mesma raiz geralmente carregam algum tipo de conexão, como ‘ebed (servo) e ‘abad (trabalho). Ambas as palavras são grafadas com as mesmas consoantes: עבד. Uma vez que o hebraico não possui vogais, a vocalização era transmitida de pais/mães para filhos(as).
2. Mitchell First, em artigo publicado no Jewish Link, chama a atenção para o seguinte: assim como o árabe moderno, há boas razões para pensar que o hebraico mais antigo possuía 27 ou 29 consoantes e não 22 como atualmente. Ele explica que algumas consoantes foram aglutinadas em uma única, fenômeno observado no ayn, o het, o shin, o zayin e o tzad.
3. O resultado prático disso é que algumas palavras hebraicas, embora visualmente aparentem possuir a mesma raiz, na verdade podem conter consoantes que foram modificadas pela aglutinação. Assim, o fenômeno pode conduzir o exegeta a buscar relações que jamais existiram entre palavras formadas pelas mesmas consoantes, como entre עצם, que significa “forte”, e עצם, que significa “próximo”.
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