quinta-feira, 29 de agosto de 2019

OS PRIMOGÊNITOS NO JUDAÍSMO TALMÚDICO

De acordo com o Deuteronômio (15,19) todo o primogênito macho das vacas e das ovelhas deve ser sacrificado a Javé, Deus de Israel. Isso significa que não podem ser tosquiados, usados como animal de carga ou abatidos para consumo. Ocorre que após a destruição do Templo, em 70 d.C., os sacrifícios tiveram que ser suspensos. O que fazer com estes animais? Podem ser consumidos?

O Talmude respondeu a essa questão com um NÃO. Bem, mas uma decisão como essa levaria os pecuaristas judeus à falência tendo que alimentar um enorme rebanho de primogênitos “improdutivos”. A solução encontrada foi a seguinte: a pessoa que faz o parto pode infligir um defeito no animal enquanto ainda estiver no útero (como um pequeno corte na orelha), tornando-o inapropriado para o sacrifício e consequentemente apropriado para outros usos (Gemará, em Temura 24b).

A ação não é vista como uma violação da lei, afinal um animal não pode ser considerado primogênito até que nasça. No útero o ele é apenas uma possibilidade (uma “potência”, como dizia Aristóteles). Como eram sagazes esses rabinos...

Leia mais aqui (via Paleojudaica). 


Jones F. Mendonça

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