A expressão
“nesse tempo não havia rei em Israel” aparece quatro vezes no livro de Juízes
(17,6; 18,1; 19,1; 21,25). Ela surge antes ou depois de uma ação moralmente
condenável, como no caso do crime de Gabaá (capítulos 19-21).
Nessa história
um grupo de benjamitas estupra e mata a concubina de um levita que havia se
hospedado na casa de um homem das montanhas de Efraim. Indignado, o levita
corta o corpo de sua concubina em doze partes e as envia às tribos de
Israel denunciando o crime dos benjamitas.
As tribos
entram em guerra contra os benjamitas e eles acabam derrotados. Em seguida
fazem um juramento se comprometendo a jamais darem suas filhas em casamento aos
benjamitas. Mas logo se dão conta do erro que cometeram: a falta de mulheres
poderá levar a tribo de Benjamin à extinção. E agora, o que fazer?
A solução
encontrada: 1) sequestrar 400 virgens de Jabes Galaad e matar o resto da
população; 2) sequestrar mulheres de Silo, enquanto saem para dançar nas vinhas
por ocasião de uma festa religiosa. Bem, a história não tem um final, digamos,
inspirador sob o ponto de vista moral. É por isso que ela termina assim:
“Naqueles dias
não havia rei em Israel, e cada um fazia o que lhe parecia correto” (21,25).
Jones F.
Mendonça
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