Agostinho de Hipona, no século IV/V, achava – como muitos outros de seu tempo – que o único propósito do casamento é a procriação. Com
isso em mente ele explica a tolerância divina para com a poligamia masculina e
a rejeição da poligamia feminina no AT (dito com minhas palavras):
O homem que se une a várias mulheres (=vários úteros) pode
gerar muitos filhos; a mulher (um único útero) que se une a diversos homens não
aumenta sua capacidade de gerar filhos. No primeiro caso: procriação. No segundo
caso: apenas prazer sexual, concupiscência (Do casamento e da concupiscência, Livro I, X).
Criativo (e astuto) esse Agostinho...
Jones F. Mendonça
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