Nos primeiros séculos os cristãos foram acusados pelos
romanos de comer a carne e beber o sangue de criancinhas. Encontraram até texto
bíblico provando a prática: “se não comerdes a carne do filho do homem e não
beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).
Os romanos, ignorantes (e com boa dose de maldade) a
respeito dos costumes cristãos, entenderam a expressão “filho do homem” como
sendo uma referência às crianças. Resultado: cristãos comem a carne e bebem o
sangue de crianças. Havia ainda outra acusação injusta: tratar a própria mulher
como “irmã” foi entendido como evidência de que praticavam incesto.
Ontem os cristãos foram vítimas da ignorância dos romanos. Hoje,
quando fazem declarações preconceituosas (e, em muitos casos, com boa dose de
maldade) a respeito de adeptos de outras religiões, agem com a mesma
perversidade de seus antigos algozes.
Ter um pouquinho de consciência histórica e bom senso não
faz mal a ninguém.
Jones F. Mendonça
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