A guerra na Síria já matou, por baixo, 200 mil pessoas desde
seu início em 2011. Imagine o monte de tripas e sangue que já mancharam aquela
terra. Então a mídia mostra o corpo de um menino morto. Um apenas. E o mundo
acorda.
Zé Bobinho está indignado. Resolveu escrever uma carta ao
presidente dos EUA. Exige que o governo envie tropas à Síria e acabe com Bashar
al-Assad, aquele “ditador sanguinário”.
Tolice, sua esposa, também faz intensa campanha. Quer que os
marines americanos destruam com suas poderosas bombas o Estado Islâmico, aquele
grupo de fanáticos religiosos ensandecidos.
De Zé Bobinho e Tolice nem sabem onde fica a Síria. Nunca
leram com profundidade sobre as razões do conflito. Não entendem absolutamente nada a respeito de
como funciona o mundo.
É sandice travestida de compaixão.
Jones F. Mendonça
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