No
meio conservador protestante (sobretudo o de tradição reformada) geralmente se
adota como método de interpretação bíblica o chamado
“método histórico-gramatical”. Nas palavras de Millard
Erickson: “interpretação da Bíblia que enfatiza que uma passagem deve ser
explicada à luz de sua sintaxe, de seu contexto e de seu panorama histórico”.
Com
o desenvolvimento da crítica bíblica nos séculos XVIII e XIX, surgiu um novo
método de interpretação chamado “método
histórico-crítico”. Ele vai além do método histórico-gramatical,
analisando o texto não apenas à luz da sintaxe, contexto e panorama histórico,
mas também a gênese e evolução histórica do texto, daí a designação “método diacrônico”.
Dentre os diversos instrumentos empregados na exegese histórico-crítica estão a
crítica das fontes (identifica as
fontes que influenciaram a redação final), das formas (estuda gênese de pequenas unidades narrativas) e da redação (teologia do redator final).
Como
tenho alunos interessados em conhecer um pouco mais as diferenças entre os dois
métodos, aconselho a leitura dos textos abaixo:
Contra o método
histórico-gramatical:
Contra o método
histórico-crítico:
Meus
alunos sabem que adoto o método histórico-crítico, mas desejo que eles sejam capazes de fazer suas próprias escolhas.
Jones
F. Mendonça
Oi Jones,
ResponderExcluir]
O método Histórico-Gramatical é um embuste, pois não passa de um método alegórico cristológico. E o limite do método Histórico-Crítico é estabelecido pelo seu próprio objetivo.
Prefiro o Histórico-Crítico, pois é isto que me interessa, fazer pesquisa histórica do texto bíblico e não alegoria cristológica.
Um abraço.
Robson Guerra
esse é liberal
ExcluirO Prof. José Adriano (Faculdade Unida) diz que o método histórico-gramatical tem origem nos humanistas do século XV/XVI, e que a Reforma teria se apropriado dele. Nesse caso, ele seria um ancestral da filologia clássica do século XVII e XVIII e do próprio método histórico-crítico. O MHG de hoje, todavia, não tem ligação com aquele - só o nome, porque atrela à pesquisa do texto pressuposições conservadoras, uma cristologia de fundo e uma teologia que, para todos os fins, guia a mão e os olhos do leitor. É gramatical, mas só é histórico quando interesa.
ResponderExcluirPois é, no fundo quem direciona a interpretação é a tradição (reformada). No catolicismo acontece o mesmo. Em 2009 Ratzinger afirmou que o método histórico-crítico de pesquisa da Escritura é legítimo e necessário, mas deve deve estar subordinado à fé da Igreja.
ResponderExcluirhttp://migre.me/8HozD