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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

SIT PRO RATIONE VOLUNTAS

Um califa ordenou – conta uma lenda – a destruição da Biblioteca de Alexandria.   Sua justificativa: se o conteúdo dos livros for igual ao do Alcorão merecem ser destruídos porque são supérfluos. Se for diferente, merecem ser aniquilados porque são mentirosos. Moral da história: qualquer ação parece justa quando serve aos interesses do tirano.

Em tempo: a frase latina foi dita por Juvenal (poeta romano) e significa: “a vontade sirva de razão”.



Jones F. Mendonça

terça-feira, 5 de abril de 2011

GIANNI VATTIMO E NIETZSCHE

“Não existe verdade objetiva em parte nenhuma; não há ninguém que veja a verdade sem ser com os olhos, e os olhos são sempre os olhos de alguém. Se quero arrancar os olhos para ver as coisas como realmente são, não vejo mais nada[1]”.
[1] Gianni Vattimo  - O niilismo como resistência – Folha de São Paulo, 02 de junho de 2002.

PAUL TILLICH E NIETZSCHE

“Amor e poder são muitas vezes contrastados de uma tal forma que o amor é identificado com uma resignação de poder, e poder com uma negação de amor. Amor sem poder e poder sem amor são contrastados. Isto, claro, é inevitável se o amor é compreendido de seu lado emocional e poder de seu lado compulsório. Mas tal interpretação é engano e confusão. Foi esta interpretação errônea que induziu o filósofo do ‘querer-para-poder’ (i.é. Nietzsche) a rejeitar radicalmente a idéia cristã de amor. E é a mesma interpretação errônea que induz teólogos cristãos a rejeitarem a filosofia de Nietzsche do ‘querer-para-poder’ em nome da idéia cristã do amor[1]”.
[1] TILLICH, Paul. Amor, poder e justiça: análises ontológicas e aplicações éticas, 2004, p.26.

NIETZSCHE E O REINO DE DEUS

O ‘reino de Deus’ não é uma coisa que se espera; não tem ontem nem depois de amanhã, não vem em ‘mil anos’, é uma experiência do coração; está em toda parte, e não está em parte alguma....
          O Anticristo, § 34

terça-feira, 15 de março de 2011

TRADIÇÃO E TRADICIONALISMO

A tradição é a fé viva dos mortos; o tradicionalismo é a fé morta dos vivos[1].
Nota:
[1] The emergence of the Catholic tradition (100-600), Chicaco, Univ. of Chicago Press, 1971, p.9 apud RUASCH, Thomas P. O catolicismo na aurora do terceiro milênio. São Paulo: Loyola, 2000, p. 88.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

NIETZSCHE, O FUNÂMBULO E O INFINITO

Pensei numa frase que pudesse expressar o que é a vida no pensamento de Nietzsche. Me saí com isso:
"A vida é uma corda estendida sobre o abismo sem fim; nós, os funâmbulos." 
Eu acrescentaria que a corda é circular e que o funâmbulo morre e ressuscita a cada queda. Ah, mais um pequeno detalhe, alguns funâmbulos acreditam que a corda na verdade descreve uma reta em cujo final há um belo jardim (para Nietzsche, mera ilusão...). 

M. C. Escher, Répteis (1943)
A imagem acima, que eu escolhi para ilustrar o eterno retorno nitzschiano,  é obra do artista holandês M. C. Escher. O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro está hospedando a exposição "O mundo mágico de Escher", onde 95 de suas gravuras podem ser apreciadas. A entrada é franca e vai até o dia 27 de março. Eu não vou perder essa!

Site oficial de M. C. Escher aqui.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

FRASES SOBRE RELIGIÃO

“Herege não é aquele que arde na fogueira e sim aquele que a acende.”
(Shakespeare – escritor inglês)

“Um santo é um pecador morto, revisto e corrigido”
(Ambrose Bierse – jornalista americano)

“Pregador: pessoa que parece saber mais do outro mundo do que deste”
(Provérbio celta)

“Jesus dizia: amar. A igreja diz: pagar”
(Victor Hugo – escritor francês)

“Dúvida não é o oposto da fé, é um elemento da fé”
(Paul Tillich, teólogo alemão)

“A dúvida faz a montanha que a fé pode remover”
(Provérbio iraniano)

“Por favor, Deus, salve-me dos seus seguidores”
(Pára-choque de caminhão)

As frases foram retiradas do seguinte livro: BUCHSBAUM, Paulo Eduardo Laurenz (Org.). Frases geniais que você gostaria de ter dito. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004, pp. 277-291.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

AS INÚMERAS FACES DE DEUS

Li uma bela citação de Heráclito (meu pré-socrático preferido) num livro de Paul Ricoeur que desejo compartilhar com os leitores. Eis a frase:
Um deus, vários nomes. Deus é dia e noite, inverno e verão, guerra e paz, saciedade e fome, mas ele muda como fogo quando misturado com fragrâncias: é nomeado segundo o perfume de cada uma delas (Heráclito, fragmento 67).
O texto me fez lembrar de duas passagens bíblicas que quando contrastadas refletem esse paradoxo. A primeira é um trecho do Salmo 18:
Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes.
Ele abaixou os céus e desceu; trevas espessas havia debaixo de seus pés.
Montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento.
Fez das trevas o seu retiro secreto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as espessas nuvens do céu.
A segunda é a teofania presenciada pelo Elias angustiado diante da perseguição imposta pela rainha Jezabel (1 Rs 19,11-12):
E eis que o Senhor passou; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor, porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto, porém o Senhor não estava no terremoto;  e depois do terremoto um fogo, porém o Senhor não estava no fogo; e ainda depois do fogo uma voz mansa e delicada.
Mas veio o exílio babilônico e depois Platão... e Deus foi dividido ao meio. Infelizmente.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

COMUNIDADE, SEMPRE UM BOM LUGAR PARA VIVER E CONVIVER

a comunidade é um lugar 'cálido', um lugar confortável e aconchegante. É como um teto sob o qual nos abrigamos da chuva pesada, como uma lareira diante da qual esquentamos as mãos num dia gelado. Lá fora, na rua, toda sorte de perigo está à espreita; temos que estar alertas quando saímos, prestar atenção com quem falamos e a quem nos fala, estar de prontidão a cada minuto. Aqui, na comunidade, podemos relaxar — estamos seguros, não há perigos ocultos em cantos escuros (com certeza, dificilmente um 'canto' aqui é 'escuro')" [1].

[1] BAUMAN, Zygmunt. Comunidade - a busca por segurança no mundo atual. Tradução Plínio Dentzien. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2003, pp. 7 e 8.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

BEM AVENTURADOS OS... OPRESSORES?

A fé e o dinheiro, o sagrado e o profano, têm há séculos convivência explosiva em todas as religiões em todas as partes do mundo. É uma lástima que os estilhaços atinjam sempre com mais força destrutiva justamente os despossuídos, os doentes e os desesperados que atravessam as portas dos templos em busca de abrigo, cura e consolo”.
Revista Veja, edição de 19 de agosto de 2009, p. 13. (sobre o novo escândalo envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus).