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Introdução ao AT: em minha análise o melhor livro sobre o tema é “Introdução ao Antigo Testamento”, de Werner Schmidt. Como o próprio título sugere, a obra pretende apresentar alguns aspectos gerais do AT: estrutura da Bíblia hebraica, cânon, processos de redação dos livros, história de Israel em períodos, profetismo, poesia, sabedoria, etc. Outra obra interessante é “Introdução ao Antigo Testamento”, de Erich Zenger (destaque para a formação do Pentateuco). Um livro específico e muito didático sobre o processo de formação do AT é “A formação do Antigo Testamento”, de Rolf Rendtorff (é possível encontrar o texto completo na rede em formato PDF).
Teologia do AT: As teologias bíblicas, diferentemente do que fazem as introduções, focam no desenvolvimento da religião de Israel ao longo da história e nas diversas tradições que muitas vezes entram em conflito entre si. Destaco duas obras: “A fé no Antigo Testamento”, de Werner Schmidt, e “Teologias no Antigo Testamento”, de Erhard Gerstenberger. Autores como Georg Fohrer dividem o estudo do AT em “história da religião de Israel” (religião de Israel numa perspectiva histórica) e “Estruturas teológicas fundamentais do Antigo Testamento” (religião de Israel numa perspectiva temática).
Obras sobre temas específicos ligados ao AT: depois de ler as “introduções ao AT” as “teologias do AT”, será mais fácil digerir obras mais específicas (algumas vezes, densas!), tais como “Sacrifício e culto no Israel do Antigo Testamento”, de Willi Plein, “A fórmula da aliança” de Rolf Rendtorff, “Instituições de Israel”, de Roland de Vaux, “Abraão e sua lenda”, de Walter Vogels (mais aqui), “Introdução socioliterária à Bíblia hebraica”, de Norman Gottwald, e “As tribos de Javé, uma sociologia da religião de Israel liberto: 1250-1050 a.C.”, do mesmo autor.
Obras clássicas sobre o AT (teologia do AT): Algumas obras, embora antigas (início e meados do século XX), ainda exercem influência em nossos dias. Destaque para: “Teologia do Antigo Testamento”, Walter Eichrodt e “Teologia do Antigo Testamento” (dois volumes), de Gerhard von Rad. Não é difícil encontrar esses livros na rede em PDF (geralmente em espanhol).
História de Israel: Um livro agradável, curto, mas uma boa dose critica é “História do povo de Deus”, de Euclides Balancin (perspectiva da teologia da libertação). Obra classificada como “conservadora”, mas ainda muito influente é “História de Israel”, de John Bright. Para um trabalho mais crítico vale ler “História de Israel e dos povos vizinhos”, de Herbert Donner. Um livro extremamente crítico (perspectiva minimalista) é “Para além da Bíblia”, do assiriólogo Mário Liverani. Em tempo: quando digo que uma obra é “crítica”, estou dizendo com isso que o autor leva em conta o longo e contínuo processo redacional ao qual foi submetido o AT. Nessa perspectiva o relato da criação, por exemplo, é visto como obra tardia (depois do século VI a.C.), inserido como prefácio do que mais tarde se tornou o livro de Gênesis.
Exegese do AT: Merecem atenção duas obras: “Metodologia do Antigo Testamento”, de Simian-Yofre (um livro teórico) e “A Bíblia à luz da história: guia de exegese histórico-crítica”, de Odette Mainville (um livro prático, difícil de achar).
Hebraico bíblico: Das obras mais simples para as mais completas: “Noções básicas de hebraico bíblico”, de Rosemary Vita e Tereza Akil, “Hebraico bíblico, uma gramática introdutória”, de Page Kelley (obra muito didática e com bom conteúdo),“, e o clássico “Geseniu’s hebrew grammar”, de Wilhelm Gesenius (download gratuito). Obs: aprender hebraico sozinho, sem o auxílio de um professor, é tarefa árdua que exige disciplina. Uma dica: aprenda o alfabeto (22 consoantes) mais os sinais vocálicos (cerca de dez sinais). Se após essa tarefa você estiver conseguindo ler (ainda sem entender) o texto hebraico, terá caminhado 40% do percurso. Quer mais algumas dicas? Dê uma olhada aqui e aqui.
Hebraico bíblico: Das obras mais simples para as mais completas: “Noções básicas de hebraico bíblico”, de Rosemary Vita e Tereza Akil, “Hebraico bíblico, uma gramática introdutória”, de Page Kelley (obra muito didática e com bom conteúdo),“, e o clássico “Geseniu’s hebrew grammar”, de Wilhelm Gesenius (download gratuito). Obs: aprender hebraico sozinho, sem o auxílio de um professor, é tarefa árdua que exige disciplina. Uma dica: aprenda o alfabeto (22 consoantes) mais os sinais vocálicos (cerca de dez sinais). Se após essa tarefa você estiver conseguindo ler (ainda sem entender) o texto hebraico, terá caminhado 40% do percurso. Quer mais algumas dicas? Dê uma olhada aqui e aqui.
Quando me sobrar um tempo faço nova lista com sugestões de leitura para outras disciplinas.
Jones F. Mendonça