Por
alguma razão a arte moderna tem sido associada ao comunismo. Curioso isso. Eis
que lendo “O abuso da beleza” (Martins Fontes, 2015), do crítico de arte Arthur
Danto, deparo-me por acaso a resposta que eu não esperava encontrar no livro:
Naqueles anos [da Guerra Fria] a arte moderna foi repudiada como algo subversivo, destrutivo e essencialmente antiamericano por personagens como o congressista George A. Dondero, de Michigan, que escreveu: "a arte moderna é comunista porque é distorcida e feia, porque não glorifica nosso belo país, nossa gente alegre e sorridente e nosso progresso material. [...] aqueles que a criam ou promovem são nossos inimigos" (p. 28).
Tudo
aquilo que não é tradicional, pensava o congressista, é uma espécie de
propaganda comunista disfarçada. Danto finaliza: “este é apenas um caso, como
veremos, da politização da beleza”.
Jones
F. Mendonça
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