Teólogos judeus medievais apresentaram explicações
diferentes a respeito do objetivo da construção do bezerro de ouro pelos
israelitas no deserto tal como descrito em Ex 32. Exponho três delas: 1.
Buscaram um deus alternativo (Rashi); 2. Um Moisés alternativo (um novo
mediador) uma vez que imaginaram que seu líder havia morrido no monte (Ramban);
e 3. Um novo pedestal sobre o qual Deus repousaria (Ibn Ezra). Leia mais aqui.
Para Joel Baden, Professor de Bíblia Hebraica na
Universidade de Yale, a declaração do povo diante da imagem: “Este é o teu
Deus, ó Israel, o que te fez subir da terra do Egito” (Ex 32,4) e também a de
Aarão: “Amanhã será festa para Javé” (32,5), revelam que o povo reconhecia a
imagem como sendo uma representação de Javé e não de outra divindade. Leia mais
aqui.
Frank Moore Cross pensou que o problema fosse iconográfico:
Javé deveria ser retratado como entronizado acima de dois querubins (Ex 25,22),
não sobre dois touros. Neste caso o problema não seria nem a idolatria (1º
mandamento, cf. Ex 34,2), nem a construção de imagem de fundição representando
a divindade (2º mandamento, cf, Ex 34,4), uma vez que seria mero pedestal, tal
como os querubins acima da arca.
Um último texto publicado no TheTorah percebe no texto uma conotação política. Caso queira ler
mais sobre a natureza dos querubins, veja aqui.
Jones F. Mendonça
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