Entenda: o Dia Internacional da
Mulher não é “dia da mulher”, algo como: “Pô, parabéns por você ter nascido
mulher”, mas “o dia da luta da mulher”. Assim como o Dia da Lembrança do
Holocausto não é o "dia do holocausto", mas o dia reservado à reflexão sobre os
horrores do nazismo. O propósito é o mesmo no Dia da Consciência Negra, data
tão agredida pela zombaria barata.
As datas festivas, dizia Harvey
Cox, são fios invisíveis eficazes na tarefa de resgatar do passado lembranças
que merecem ser revividas. Comemorar é, nesse sentido, reviver. Reviver o nascimento.
Reviver o casamento. Reviver até mesmo o luto e a tragédia. Reviver emoções que
por alguma razão suplicam das profundezas por um lugar no mundo das coisas
concretas.
Jones F. Mendonça
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