A condecoração entregue ao valente não foi criada com o
propósito de honrá-lo, mas para estimular os demais a exercitarem a coragem e
as virtudes que o soberano valoriza. Não é, portanto, um presente, uma dádiva, mas
uma isca. Daí a fala de Maquiavel em seu diálogo fictício com Montesquieu na
obra de Maurice Joly:
Tais coisas [as condecorações] não custam quase nada ao príncipe e ele pode tornar as pessoas felizes, melhor até, fiéis, por meio de laços de fita, ninharias de prata ou de ouro. [...] Um homem condecorado é um homem amarrado (Diálogo no inferno, 2009, p. 322).
Tolo é quem não vê.
Jones F. Mendonça
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