Nos últimos anos
diversas nações de cultura islâmica entraram em colapso: A Síria é um campo de tripas,
cinzas e ferro retorcido. A Líbia, um deserto caótico. O Sudão e o Iêmen estão
em convulsão. O Iraque, como país, praticamente não existe mais. Mas o Irã
resiste apesar das duras sanções econômicas por conta de seu programa nuclear. O povo iraniano é instruído, inteligente,
criativo e orgulhoso de sua história. No exterior identificam-se como persas com o peito estufado.
Apesar das dificuldades o Irã mantém um braço
no Líbano (o Hezbollah), na Síria (é aliado de Assad), no Iraque (forças iranianas
atuam no território contra o ISIS) e no Iêmen (os xiitas houthis). Perguntam-me
se Israel e a os sauditas devem temer os iranianos. Minha resposta: claro que
devem. Mas não me parece justo atacar o país ou manter as sanções apenas porque é
possível que no futuro revele-se hostil aos vizinhos.
O que Israel e a
Arábia Saudita temem não é um ataque nuclear iraniano, caso consigam
desenvolver um artefato atômico. O que temem é a perda da hegemonia do Oriente
Médio.
Jones F. Mendonça
Irã árabe!?!
ResponderExcluirOps. Onde se lia "nações árabes, leia-se "nações de cultura islâmica". Grato pela observação.
ResponderExcluirSeus artigos são bem interessantes, apesar de não concordar com algumas coisas que você fala. Usei alguns artigos em minhas aulas de AT. Devo dizer que causaram um certo tumulto, mas esse foi mesmo meu objetivo. Shalom u'vrachá!
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