Resumo da
análise de Nathan Thrall, do Instituto Crisis Group, publicada no New York Times (17/07/2014):
Diante do enfraquecimento da aliança do Hamas com a Síria e o Irã; do fim do apoio da irmandade
muçulmana que governava o Egito (caiu após um golpe em julho de 2013) e o consequente fechamento dos túneis que abasteciam Gaza com suprimentos e
armas, o Hamas se viu cada vez mais isolado, passando a ser alvo de protestos populares em Gaza. A alternativa encontrada pela liderança do grupo foi abrir mão do controle oficial do território, daí a aliança entre o grupo islâmico e
a OLP. No intuito de minar o acordo, Israel suspendeu o salário de 43 mil
funcionários públicos que trabalhavam para o governo do Hamas em Gaza. O Hamas,
encurralado e sem nada a perder, buscou através da violência o que não foi possível
pela via política. Ele conclui:
The current escalation in Gaza is a direct result of the choice by Israel and the West to obstruct the implementation of the April 2014 Palestinian reconciliation agreement.
Jones
F. Mendonça
Sinceramente, não consigo afirmar que o Hammas estivesse "encurralado" nessa ou em qualquer questão. O único fato claro e evidente é que o Hammas é oposição à Autoridade Oficial Palestina, dominada pelo Fatah, que já assinou um acordo de Paz com Israel há tempos. O Hammas promove portanto, em seu próprio país, a rebelião e a luta armada contra às autoridades nomeadas pelos mesmos palestinos. Não dá para imaginar um movimento desses, como um bando de coitadinhos sem saída. Infelizmente, quem sempre sofre nesses confrontos é a população civil, de ambos os lados, esta sim, inocente.
ResponderExcluirNinguém disse que o Hamas é o "coitadinho" da história. Estar encurralado não pressupõe inocência. Trata-se de um grupo terrorista, fundamentalista, misógino, violento, etc. Ocorre que as ações de Israel e o cenário político atual empurraram o Hamas para um confronto direto e intensivo. Acho que a postura do Hamas em lançar foguetes ao sul (e a gora ao centro de Israel) não funcionam. Do mesmo modo, a construção de muros, o isolamento de Gaza e o atual ataque aéreo e terrestre só aumentam o ódio dos palestinos em relação ao Estado judeu. Enfim, está tudo errado.
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