Desde
Platão os homens pensam que o mundo é fruto das ideias (idealismo). Todos os
projetos humanos sairiam de sua cabeça, do “mundo das ideias”. O erro do
idealismo: confundir causa com efeito. O remédio proposto por Marx: compreender
que as ideias é que são fruto do mundo e não o contrário. Trata-se de um
remédio bem amargo, é verdade.
Caro Jones,
ResponderExcluirEntendo o seu comentário sobre o "idealismo", mas devo dizer que há uma certa confusão no uso dos conceitos de "ideia" em Platão e de "idealismo". O conceito de idealismo que você apresentou, segundo o qual, o mundo é produto das ideias que estariam na cabeça dos seres humanos é um conceito moderno e que se opõe, ao que tudo indica, ao conceito de realismo, em sentido metafisico, e ao materalismo, em um sentido filosófico estrito. Ora, Platão não é idealista neste sentido. Na verdade, Platão é um realista, pois o Topos das ideias é independente do mundo fisico e mental, ou seja, tem uma realidade autonoma irredutível ao material e ao sensivel. Uma vez que tal realidade abstrata é fundamental, o mundo sensivel é determinado por ela. Marx, por sua vez, afirma que as estruturas econômicas e sociais determinam as ideias. A noção de mundo marxista é reducionista e não abrangente e, na minha opinião, peca por não admitir um conceito de mundo em que linguagem, cultura e sociedade estão imbricadas.
Sílvio,
ResponderExcluirReconheço o equívoco. Em Platão as ideias constituem uma realidade autônoma, independente de nosso conhecimento ou pensamento. É, portanto, realista e não idealista. Deixarei o post como está (sem correções). Seu comentário ficará registrado como orientação a outros leitores. Voltarei ao tema no futuro, certamente com mais cuidado.