Leio
Vegécio, escritor romano do século IV, autor de “Compêndio da arte militar”. No
livro IV, capítulo II desta obra, Vegécio dá orientações a respeito da
importância do nervo de boi numa guerra, usado em arcos de bestas. A questão
que ele discute é: “e quando não há nervos disponíveis?” A solução apresentada pelo
escritor latino é um tanto quanto inusitada:
Os nervos podem ser substituídos por crinas de cavalos e mesmo pelos cabelos das mulheres, como prova a experiência romana.
Vegécio
cita como exemplo o cerco ao Capitólio. Nessa ocasião, diante da falta de
nervos, as damas da cidade teriam cortado seus cabelos e doado a seus maridos
combatentes, que puderam consertar suas armas de guerra. Com tal artifício, o
inimigo teria recuado. Vegécio conclui (dito com minhas palavras): “é melhor ser uma careca livre ao lado do marido, que uma escrava bela no leito do inimigo”.
Jones
F. Mendonça
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