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"Ah" - diz o apologista - "mas
ninguém questiona a historicidade da vida de Sócrates, filósofo grego da Antiguidade". É claro que questiona! "Ah" - brada o advogado da doutrina - "mas
ninguém duvida que Alexandre, o Grande, foi de fato aquele personagem que está
nas linhas dos registros antigos". É claro que duvida! O bom historiador sempre
duvida. Aliás, a curiosidade e a dúvida são os motores da ciência. A
investigação histórica sempre será um projeto inacabado. Já o dogma...
A fé pertence a uma outra
esfera. Trata-se de uma escolha. A plausibilidade pode ser zero, mas o sujeito
de fé continua sustentando sua crença mesmo que as evidências mostrem o
contrário. “Então você está dizendo que o tal ‘sujeito de fé’ é um louco?”,
perguntam-me. Não, louco é quem acha que a investigação histórica pode proporcionar um fundamento à fé e à teologia cristã.
E há muitos loucos por aí.
Jones F. Mendonça
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