quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A ARQUEOLOGIA A SERVIÇO DA FÉ... E DA FALTA DE FÉ

Uma arqueologia a serviço da fé funciona assim: Um arqueólogo amador encontra um cajado no Sinai. Conclusão: é uma prova do êxodo, afinal a Bíblia diz que o patriarca tinha um cajado. Caso o tal arqueólogo ache a roda de uma biga no fundo do Mar Vermelho o êxodo passará a ser defendido como um fato histórico digno de constar nos livros escolares.

No porão de um museu do Egito há uma estela empoeirada. Nela está escrito que o Egito foi assolado por uma tempestade e que as trevas cobriram a terra. Também diz que um povo foi expulso de lá no século XVI. Conclusão: a estela está falando das 10 pragas narradas no livro do Êxodo. O povo expulso, diz o “estudioso” (o nome do tal “estudioso nunca é citado), são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.  

Abuse de efeitos especiais. Diga que especialistas renomados (a palavra “renomados” é muito importante) atestaram a veracidade do achado arqueológico. Afirme categoricamente que os documentos estão sendo mostrados pela primeira vez e que até então ninguém tinha prestado atenção neles.

Está feito: Seu “documentário” arrecadará rios de dinheiro.

Você também pode ganhar uma boa grana fazendo o inverso. Atraia os céticos. Diga que achou o túmulo de Jesus. Produza um documentário sobre o assunto. Os ateus vão adorar. Cristãos vão comprá-lo para que seja refutado nas igrejas. Assim você ganha dos dois lados.


Jones F. Mendonça

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