O sujeito vai a um hospital público. No saguão principal ele se depara com uma imagem de São Francisco de Assis. “Mas o Estado não é laico”, ele diz. Reclama com o diretor do hospital. Faz denúncia ao Ministério Público. Organiza passeatas pelas principais avenidas do país. A imagem é finalmente retirada do hospital. Apesar de ser cristão, o sujeito não é católico. O argumento para a retirada da imagem: instituições públicas não devem expor símbolos religiosos.
A
Casa da Moeda do Brasil imprime em suas cédulas a frase: “Deus seja louvado”. Um grupo de
ateus fica indignado. “O Estado brasileiro é laico”, bradam. O Ministério
Público registra a denúncia. O assunto
vira polêmica. No Facebook não se fala em outra coisa. O mesmo sujeito que
pediu a retirada da imagem de Francisco de Assis diz que o Ministério Público
não tem mais o que inventar (ou fazer). Anuncia, aos berros, que os ateus são
intolerantes. O argumento dos ateus para a retirada do texto presente nas
cédulas: instituições públicas não devem expor símbolos religiosos (o mesmo argumento
do sujeito do hospital!).
Você
entende?
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