Cartoon: Carlos Latuff |
Izzeldin Abuelaish é um médico muçulmano que vive e trabalha em Gaza. Ele perdeu quatro membros de sua família quando um míssil israelense destruiu sua casa, durante a Operação Chumbo Fundido. Mas Abuelash não culpa o exército israelense e nem os judeus pela tragédia que atingiu sua família. Empregando uma analogia médica, ele diz que “o ódio é uma doença crônica”.
Abuelaish Fez um discurso para cerca de 600 pessoas na Universidade de Southern Maine, em Portland. Alguns judeus que estavam na platéia ficaram comovidos com a doçura das palavras do médico muçulmano. Os trechos abaixo foram publicados no The Jewish Daily Forward (a tradução é do Numinosum):
Uma mulher que se identificou como filha de um sobrevivente do Holocausto, disse que ficou profundamente perturbada com as imagens das crianças de Gaza e queria saber como ser tanto pró-Palestina como pró-Israel.
"Como judeu, eu não posso mais pensar em mim como uma vítima", disse Abraham Peck, 64, filho de sobreviventes do Holocausto. "Mas eu certamente não quero agir como um opressor". Ele acrescentou que "precisamos defender o que é certo. A violência não é a resposta. "Peck ensina estudos do Holocausto na Universidade do Maine, em Augusta.”
Infelizmente a maioria das igrejas evangélicas tende a analisar o conflito entre palestinos e judeus de forma parcial. Numa abordagem dualista infeliz e perversa, apresentam os judeus como bons, e os árabes como maus. Qualquer pessoa que se esforce para ver o problema com um pouco de equilíbrio vai perceber que não há santos nessa história. Mas apesar de reconhecer que nesse conflito não há bandidos e mocinhos, uma coisa fica bem clara: quem mais sofre é o povo palestino. Os mísseis lançados pelo Hamas fazem poucos estragos nas cidades israelenses. Mas as sofisticadas e poderosas armas do exército de Israel fazem muitas baixas, inclusive mulheres e crianças.
Deus sempre estará do lado do oprimido. Não importa se ele é judeu, muçulmano, budista, hindu, cristão ou membro de qualquer outra religião ou etnia. Para saber quem sofre mais na Palestina, basta fazer uma rápida busca no Google por imagens dos territórios ocupados pelos dois povos (digite, por exemplo, Gaza e depois Safed; Bilin e depois Eilat).
Abuelaish nos deu um belo exemplo. Sei que muitos judeus também têm feito o mesmo. Os muros precisam cair. Espero poder assistir este belo espetáculo. Efatá!
Some walls are made of stone
ResponderExcluirsometimes we build our own
some walls stand for years
and some wash away with tears
Some walls are lined with gold where
some hearts stay safe and cold
some walls are made from doubt
holding in and keeping out
If there's any hope for love at all...
some walls must fall
If there's any hope for love at all...
some walls must fall
Some walls are built on pride
some keep the child inside
some walls are built in fear that
love let go will disappear
If there's any hope for love at all...
some walls must fall
If there's any hope for love at all...
some walls must fall
How will you ever know what might be found
until you let the walls come tumbling down
If there's any hope for love at all...
some walls must fall
If there's any hope for love at all...
some walls must fall
(Walls - by Tommy Emmanuel)
Abraços!
Will
Will,
ResponderExcluirDe onde saiu esse Tommy Emmanuel!!!
O cara é fera. A música é belíssima. Vou postar o vídeo da música no Numinosum.
Obrigado por me apresentar algo novo.
Jones
Um abraço!
Desde muito cedo, aprendi com meus pais e após, com os mestres que tive na vida, que não há justificativa para a violência, a não ser a incapacidade dos seres humanos na perfeita compreeensão de sí mesmo.
ResponderExcluirJudeus e palestinos, são povos irmãos.Embora haja diferenças de crenças, hábitos e costumes, possuem a mesma raíz, são irmãos.Não há certo ou errado nesta velha discussão histórica, mas sim, visões equivocadas, especialmente, naquilo que se refere a concepção de direitos e deveres.
Deus - Yaohuh ou Allah'ul - são partes de uma mesma essência, queira-se ou não adimitir isto!
Se, o amor, a harmonia a perfeita interpretação do que seja "amar a DEUS" esteja em seus corações e, se houver sintonia e boa vontade para compreender o papel relevante na história desses dois povos, então, a Paz estará a caminho.Mas somente, se houver boa vontade e acolhimento de um pelo outro na qualidade de seres humanos, aceitando as diferenças, porém,acolhendo as suas necessidades em comum...
O que você aprendeu com seus pais, avós e mestres que encontrou pela vida é o que falta aos radicais envolvidos nesse conflito.
ResponderExcluirSábias palavras. Obrigado por participar.
Prezado Prof. Jones;
ResponderExcluirEm minhas últimas palavras, identificado como anônimo em 30 de abril de 2011, o senhor considerou a minha modesta narrativa como “sábias palavras”. Agradeço-lhe a gentileza e a sua cortesia.
Mas, devo acrescentar que, se podemos considerar algo da mais profunda sabedoria, eu creio, que seja a sua iniciativa em ter criado um espaço da mais alta importância dentro do campo teológico. Este espaço permite que todos os interessados possam vislumbrar a forma correta de expor temas teológicos desprovidos dos excessos cometidos por alguns, que a julgam matéria de doutrinação e dogmatismo e não, como é o seu propósito, creio eu, informar e manter o espaço aberto ao diálogo.
Por este motivo, desejo retribuir de volta a sua gentileza e classificar, não as minhas palavras como sábias, mas sim, a sua iniciativa, que caracteriza a verdadeira visão da teologia enquanto ciência, portanto, livre das amarras da intolerância doutrinal que assistimos ao longo dos últimos anos. E para que não haja dúvida do que falo não mais me classifico como anônimo ao escrever, mas, reporto-me ao dever de me tornar presente.
Torno a enfatizar os meus agradecimentos por sua atenção e gentileza em relação aos meus comentários!
Paulo Roberto,
Ph. b; Th. G; Psicª. M.
pauloroberto.costaleitao@gmail.com