O editorial do Haaterz publicou hoje (22-06-10) um texto que critica a postura do governo israelense diante dos residentes palestinos que vivem em Jerusalém Oriental. Segundo o jornal os cidadãos de Israel podem sair do país por qualquer período de tempo, sem que seus direitos de cidadania sejam revogados. Com os residentes palestinos o tratamento é diferenciado. Caso permaneçam fora do país por mais de sete anos seus direitos à cidadania perdem a validade.
O jornal cita o caso de dois professores de engenharia palestinos nascidos em Jerusalém Oriental impedidos de retornar ao convívio de suas famílias:
“Dr. Immad Hammada e Dr. Murad Abu Khalaf são professores em engenharia elétrica nascidos em Jerusalém Oriental. Suas famílias vivem na cidade há gerações. Ambos deixaram a cidade há anos, cada um separadamente, para estudar nos Estados Unidos. Depois de se formarem e consolidarem suas carreiras querem voltar a viver na sua cidade natal”.
O Haaretz alerta que em 2008 o direito à cidadania israelense de 4.557 habitantes palestinos foram revogados. O jornal define essa regulamentação como sendo “draconiana” e defende direitos iguais para residentes de bairros palestinos e judeus.
Para quem não sabe Jerusalém Oriental foi anexada oficialmente ao território israelense em 1980. De acordo com a ONU a cidade deveria ser internacionalizada em 1947. Até hoje sua anexação não foi reconhecida nem mesmo pelos Estados Unidos, antigo parceiro político de Israel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário