A disputa pelo direito da primogenitura é um tema recorrente no Antigo Testamento. O mais famoso envolve Esaú e Jacó. Esaú, o mais velho, de pele avermelhada (Gn 25,25), vende a Jacó seu direito de primogenitura por um punhado de cozido vermelho (25,30). Também chamado de “Edom” (significa “vermelho”), torna-se o pai dos edomitas (32,3; Ob 1,8).
Uma segunda narrativa
bíblica incorpora elementos muito parecidos. Trata-se da história de Zará e Peres,
filhos da relação incestuosa entre Judá e Tamar (Gn 38). As semelhanças: 1) Eram
gêmeos (v. 27); 2) Disputavam os privilégios da primogenitura desde o ventre
(v. 29); 3) O mais velho, também indicado pela cor vermelha (v. 28), perde o
direito de primogenitura para seu irmão mais novo (v. 29).
Uma última
curiosidade: Jacó (yakov) recebe este nome porque segurava o “akev” (calcanhar)
de Esaú (Gn 25,26). Peres (Parez), também o mais novo, recebe este nome porque “paraz”
(rompe) uma abertura, permitindo que saia na frente de seu irmão.
Jones F. Mendonça
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