Fílon de
Alexandria, judeu helenista do século primeiro, tratando sobre o mandamento “não
adulterarás”, comenta sobre um curioso costume observado em seu tempo:
Tratados como mulheres, estragam tanto sua alma como seu corpo, não trazendo neles uma única centelha de caráter másculo [...] mas têm os cabelos da cabeça ostentosamente encaracolados e adornados, assim como o rosto lambuzado de rouge, e pintado, e [...] passam lápis sob os olhos e têm a pele ungida com perfumes [devotando-se] à tarefa de transformar seu caráter masculino num caráter efeminado [...]. E algumas dessas pessoas levaram tão longe a admiração desses prazeres delicados da juventude que desejaram trocar por inteiro sua condição pela de mulheres, tendo se castrado e passado a usar vestidos vermelhos (Leis Especiais, III. 7.37-42).
Num outro comentário
critica a “sodomia”:
O país dos sodomitas era um distrito da terra de Canaã, que os sírios mais tarde chamavam de Palestina, um país cheio de inúmeras iniquidades [...]. E os homens [...] não somente enlouqueceram em busca de mulheres [...] como também houve os que tinham luxúria por outros homens, fazendo coisas impróprias sem considerar nem respeitar sua natureza comum [...], assim, pouco a pouco, os homens se acostumaram a ser tratados como mulheres [e] por causa da efeminação e da delicadeza, se tornaram como as mulheres em suas pessoas, [...] corrompendo desse modo toda a raça do homem (Sobre Abraão 26. 133-36).
Jones F. mendonça
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