Numa decisão
considerada histórica, o governo de Israel aprovou projeto que viabiliza a
oração conjunta entre homens e mulheres no Muro das Lamentações.
Atualmente as
orações são realizadas em seções separadas por uma espécie de cerca (48m
reservados aos homens e 17m às mulheres). A ideia é criar uma terceira seção
mista (81m), controlada por uma comissão composta por judeus reformistas.
A novidade desagradou
grupos de judeus ultra-ortodoxos como os membros do partido Shas (dizem que a
medida “prejudica a tradição”). Com uma justificativa diferente, mas
igualmente contra a criação de um terceiro pavimento, aparece Eilat Mazar,
respeitada arqueóloga israelense.
De acordo com
Mazar, as obras para a criação do novo espaço poderiam ser desastrosas, uma vez
que serão realizadas na última área remanescente onde os sinais da destruição
do Segundo Templo, há pouco menos de 2.000 anos, podem ser testemunhados.
Para Anshel Pfeffer, do jornal israelense Haaretz, a decisão de criar um terceiro espaço
representa uma derrota para os progressistas e não uma vitória. Para ele, a
aceitação de uma zona de oração isolada revela a “submissão do governo à
hegemonia fundamentalista”.
Jones F. Mendonça
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