Arte: James Jean |
O
Estado Islâmico, grupo terrorista surgido durante a ocupação americana na
Iraque, talvez seja uma das mais radicais formas de fundamentalismo religioso
já surgida. As imagens e relatos que chegam até nós são assustadoras. Eles
decapitam soldados sírios, crucificam cristãos, escravizam mulheres, enterram
vivo o povo yazidi do norte do Iraque e fuzilam sem piedade xiitas, ramificação
do islã que mais odeiam. Trata-se de um verdadeiro exército terrorista. Seu
plano: fundar um califado (governo teocrático islâmico) numa região que abarca
os territórios do Iraque e da Síria.
Mas
é um erro pensar que o fundamentalismo é coisa exclusiva do islamismo ou até
mesmo da religião. Na Idade Média religiosos torturavam hereges, “bruxas” e
outros inimigos da Igreja sob a bandeira do cristianismo. A Alemanha de Hitler
perseguia judeus, negros, idosos e doentes mentais com um apelo nacionalista,
incutindo na mente do povo a idéia de uma suposta superioridade racial do povo
alemão. Aqueles que supõem que o homem moderno alcançou elevado nível de
civilidade parecem estar enganados. Estará o homem - filho da “diáspora
pré-histórica” - condenado a oscilar ad
eternum entre a sapiência e a demência?
Jones
F. Mendonça
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