Karl Barth na Time |
Criou-se,
a partir da fundação do Estado judeu (1948) e da consequente reação hostil de
países como Jordânia, Egito, Síria e Iraque, o mito de que árabes (muçulmanos) e
judeus são inimigos eternos. Ora, do século VII até o século XX (com algumas
interrupções), a Palestina foi submetida ao domínio muçulmano: Inicialmente árabe
(a partir do século VII); depois turco (a partir do século XVI). Judeus
sofreram perseguições tanto na Europa cristã como na Palestina muçulmana. A
mais cruel e sangrenta veio de um país protestante: a Alemanha de Lutero
dominada por Hitler.
Estamos no século
XXI e ainda há quem busque em suas letras sagradas (seja muçulmano, seja judeu,
seja cristão) as razões para conflitos que tem origem política e econômica. No
caso particular dos cristãos há algo curioso. Até o final da Segunda Guerra
Mundial: “judeus estão pagando pela crucificação de Cristo”. Depois disso: “o
exército de Israel é o exército de Deus”. Pobre mente bipolar.
Jones
F. Mendonça
O conflito entre palestinos e israelenses é recente. Judeus e muçulmanos, salvo pequenos períodos fundamentalistas, conviveram pacificamente durante séculos no Oriente Médio. A idéia de que sempre foram inimigos, desde o tempo de Abraão e Sara, cujos filhos, Ismael e Isaque, são vistos como patriarcas pelos dois povos, é completamente falsa e não passa de um mito. A “inimizade tradicional” entre judeus e árabes nunca existiu. Pelo contrário, em vários momentos nos sentimos mais próximos dos muçulmanos, com os quais partilhamos diversos conceitos religiosos e culturais, do que dos próprios cristãos. É muito triste ver como dois povos tão próximos, que chegaram até mesmo a lutar juntos contra o domínio otomano, até hoje não consiguam encontrar uma solução pacífica para esse conflito.
ResponderExcluirOremos para que a Paz possa retornar a sua morada entre nós, judeus e palestinos.