O introvertido não vem ao encontro do objeto; ao contrário, está constantemente em via de fugir dele. Está fechado para o acontecimento externo, não participa e tem uma profunda indisposição social, tão logo se encontre junto a um grande número de pessoas. Em meio a multidões, sente-se só e perdido. Quanto mais invadido se sente, tanto maior sua resistência contrária [...]. O que ele faz, faz ao seu modo, desligando-se consideravelmente de influências externas. [...] é, via de regra, muito sensível e se envolve em uma cerca de arame farpado tão densa e impenetrável, que ele mesmo faria qualquer coisa para não estar por trás dela. [...] A imagem do seu mundo carece de tons de rosa, pois ele é crítico e encontra em toda a sopa um cabelo. [...] Só aquilo que se torna próprio a partir de muitas e muitas razões subjetivas é, por fim aceito (GW 6, § 1046).
Na minha opinião, a pior característica com a qual o introvertido tem que lidar é esta: “se envolve em uma cerca de arame farpado tão densa e impenetrável, que ele mesmo faria qualquer coisa para não estar por trás dela”. A precisão de Jung me assombra.
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