1. De modo geral, quando dizemos que um povo da antiguidade adorava determinada divindade, somos contaminados pela noção cristã relacionada aos atributos de um “deus”: a ele seriam atribuídos poderes ilimitados, sendo onisciente, onipresente, eterno, etc. Mas no mundo greco-romano no qual o cristianismo se desenvolveu, ser tratado como “deus” podia indicar muitas coisas. Além das divindades tradicionais do culto romano – como Zeus, Hermes e Afrodite – também podiam ser considerados “divinos” (divus/divas) alguns imperadores ou membros da família real. E essa divinização podia ocorrer inclusive enquanto a pessoa estivesse viva.
2. Em artigo publicado no The Bible and Interpretation, David Clint Burnett apresenta um panorama das honras divinas imperiais romanas, classificadas em quatro categorias: 1) Honra Romana: concedida post mortem pelo senado a alguns imperadores e membros da família real; 2) Honra Provincial: em vida, estabelecida pelas províncias; 3) Honra Cívica: em vida, concedida pelas cidades como gratidão por sua bênção; 4) Honra Privada: em vida, concedida por indivíduos ou associações privadas visando mostrar apreço por seus benefícios. Assim, um imperador “divinizado” podia ser recompensado com culto, templos, sacrifícios, hinos e orações.
Jones F. Mendonça
Acompanho este blog há anos (talvez décadas), sempre muitíssimo interessante e informativo. Parabéns!!!
ResponderExcluirO Numinosum não tem o mesmo ritmo de publicações de outrora, mas ele não para. Obrigado por continuar acompanhando o Blog.
ResponderExcluirTeu blog é show irmão continue publicando mais estudos profundos ok
ExcluirObrigado, Amauri.
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