Que
Sadan Russein era um ditador
sanquinário não restam dúvidas. Que Muamar
Khadaf oprimia os líbios só um louco é capaz de negar. Que Bashar al-Assad não é flor que se
cheire qualquer cidadão sírio sabe. Mas daí a querer me convencer que os EUA, Israel e alguns países
europeus buscam aprovar uma intervenção na Síria por estarem preocupados
com o bem estar do povo é afrontar minha inteligência.
Hoje
(17/07/12) os jornais israelenses (de direita) Arutz Sheva e J Post
publicaram matérias dizendo que há “informações não confirmadas” de que Bashar
al-Assad utilizou armas químicas em Homs
e que estaria preparado para “erradicar todo o povo sírio”. Armas químicas,
destruição maciça da população... isso te lembra alguma coisa?
Ontem,
ao abrir a versão eletrônica do J Post,
me deparei com o comercial do livro “East Wind” (vento oriental), uma ficção de
Jack Winnick sobre um atentado
terrorista em Los Angeles. Os heróis da aventura são uma agente do FBI, Lara, e
um agente do Mossad, Uri. Na capa, ao
fundo, um árabe com fisionomia ameaçadora. O título, escrito com letras
estilizadas à moda árabe, é uma clara referência aos povos do Oriente Médio. A
capa do livro me fez lembrar uma campanha promovida pelo mesmo J Post no ano passado contra a visita do líder iraniano aos EUA. O rosto ameaçador de Ahmadinejad aparecia em destaque entre duas explosões nucleares. O mais curioso é que a imagem da explosão que
aparece na campanha retrata o efeito de artefatos nucleares lançados pelos EUA
no passado. Irônico, não?
Jones
F. Mendonça
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