- A hipótese do escrito básico (ou da redação continuada): o Pentateuco formou-se a partir de um documento básico único, contendo a narrativa que vai da Criação até a morte de Moisés. Tal documento teria sido ampliado diversas vezes pela inclusão de textos parciais escritos ou transmitidos oralmente ou por emendas atualizadoras e interpretadoras.
- A hipótese das fontes (ou modelo das camadas): o Pentateuco formou-se a partir de diversos documentos fonte, originalmente independentes (épocas e lugares distintos). Na sua formulação clássica: fonte Javista (J), Eloísta (E), Deuteronomista (D) e Sacerdotal (P). Catástrofes regionais, tais como o desaparecimento do reino do Norte e o exílio babilônico teriam impulsionado a “costura” dessas fontes, deixando pistas bem visíveis, tais como duplicações e tensões entre narrativas.
- A hipótese dos círculos narrativos (ou modelo dos blocos): Durante séculos círculos narrativos (Criação e dilúvio, Abraão, Jacó, Êxodo, Sinai, etc.) tiveram sua própria história de crescimento. Diferentemente do que propõe a hipótese do escrito básico, essas narrativas tiveram sua própria história de crescimento. Na época do exílio esses círculos narrativos foram unidos formando um nexo narrativo abrangente “da Criação à morte de Moisés”. Mais tarde esse texto teria recebido uma ou mais redação(ões) posterior(es).
Tais
hipóteses foram retrabalhadas recentemente por alguns pesquisadores, tais como M. Rose e J. van Seters (escrito básico); L. Ruppert e P. Weimar (hipótese das fontes) e Rolf Rendtorff e E. Blum (círculos narrativos). Além dessas três
linhas de pesquisa houve a tentativa de combinar o modelo dos círculos narrativos
com o modelo de fontes, conforme apresentado por W. H. Schmidt. Fiz um pequeno resumo deste modelo para os meus
alunos após consultar dois autores: Erich Zenger (Introdução ao Antigo
Testamento) e Franz Josef Standebach (Israel e seu Deus). Abaixo o resultado:
Jones F. Mendonça
Jones F. Mendonça
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