Valsa com Bashir, dirigido pelo cineasta israelense Ari Folman é estonteante. O filme-animação estreou em 2009, mas só hoje tive a oportunidade de assistir. Premiado com o Globo de Ouro e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, o filme relata o massacre de refugiados palestinos durante a invasão israelense no Líbano. Não, o filme não é uma crítica ao governo de Israel, é, antes de tudo, uma crítica à guerra, esse mal que revela o lado mais sombrio do ser humano. Nas palavra do próprio diretor:
Este é um filme antiguerra. Em filmes americanos, mesmo nos que criticam a guerra, você sempre vai ter um certo glamour em torno da guerra: a glória, a amizade entre os soldados, a masculinidade, a bravura. Você vê e fala: "sim, é um filme antiguerra, mas eu quero ser um desses caras". Com "Bashir", quero que os jovens vejam e não queiram se sentir parte disso.
Lembro-me de uma reportagem que mostrava um jovem inglês admirado diante de um B-52 que partia para a guerra do Iraque em 2003. Um tolo seduzido pela navalha da morte! Não há nada de belo numa guerra. Valsa com Bashir mostra isso muito bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário