O radicalismo religioso é algo nocivo. Cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo... todas tem o seu lado sombrio. Folheando “Jihad: expansão e declínio do islamismo”, do professor Gilles Kepel, deparei-me com uma anotação que fiz há alguns anos na página 150:
Em janeiro de 1999, o Gabinete do primeiro Ministro [da Malásia] anunciou que os casais muçulmanos teriam agora cartões eletrônicos para comprovar seu estado civil, a fim de que a polícia islâmica, equipada com leitoras magnéticas, pudesse verificar se as duas pessoas do sexo oposto, surpreendidas juntas, eram casadas ou se elas deveriam ser presas por crime de khalwah, ou promiscuidade ilegal[1].
Kepel conta o curioso caso do adido da Tailândia, que passou um aperto após ser surpreendido num quarto de hotel com sua esposa. Ele não estava com o tal cartão magnético...
Fiquei pensando. Como a poligamia é uma prática legal segundo a chari’a, imagina ter que carregar um cartão para cada esposa.
Nota:
[1] Despacho de 28 de janeiro de 1999 apud KEPPEL, Gilles. Jihad: expansão e declínio do islamismo, p. 150.
Nenhum comentário:
Postar um comentário