MILLER, John. As origens da Bíblia. São Paulo: Loyola, 2004, 218 p.
Até o século IV a relação dos livros considerados canônicos pela igreja cristã não havia sido definida com clareza. Todo o processo de formação do cânon foi difícil e complexo, ao contrário do que defendem muitos livros cristãos, que apresentam informações simplistas visando defender o cânon aceito por seus respectivos segmentos religiosos.
Encontrei em “As origens da Bíblia” de John Miller, um ótimo referencial de apoio ao estudo do tema. Segue um trecho do livro:
“Por uma grande variedade de razões, o lugar normativo da Bíblia em nossas igrejas e em nossa cultura sofreu erosão e já não pode ser tido por certo. A consciência intuitiva disso entre teólogos, estudiosos bíblicos e pastores fez surgir uma multiplicidade de pesquisas e publicações tendo por foco a Bíblia como cânon. Muitos agora questionam: o que é na verdade a Bíblia? Como ela adveio? Que papel se pretendia que desempenhasse no mundo de hoje? Nos capítulos a seguir, busco dar uma contribuição a esse importante campo de estudo ao demonstrar de que maneira veio a Bíblia cristã a ser composta em meio a duas épocas de crise e de reforma: a primeira, que se estende do século V ao século II a.C., quando as Escrituras hebraicas dos judeus foram reunidas; a segunda, que abarca os século I e II d.C., quando essas mesmas Escrituras foram defendidas, suplementadas e renascidas como a Bíblia da Igreja. Em consequência ocupam aqui o papel principal das Escrituras hebraicas da Bíblia cristã: quando, por que e como foram reunidas, qual era sua mensagem no início e porque mais tarde se converteram em parte integrante das escrituras cristãs.”
O autor é professor emérito da faculdade menonita Conrad Grebel, da Universidade de Waterloo, Canadá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário