segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O NOBRE, O BURGUÊS E O PLEBEU: REFLEXÕES SOBRE A REFORMA PROTESTANTE

Por Jones Mendonça


O cenário político na época da reforma dividia-se basicamente em três partes:

1) A igreja católica e a nobreza – Queriam manter o status quo. O papa era a figura que representava esse grupo.

2) A pequena nobreza, parte dos príncipes seculares e a burguesia – Queriam enriquecer apropriando-se dos bens do clero. O padre agostiniano Martinho Lutero beneficiou esse grupo com a Reforma.

3) Os camponeses oprimidos. Tomaz Münzer, o teólogo e líder dos plebeus e camponeses revolucionários, foi o porta-voz desse grupo.

Engels descreve as idéias de Münzer como “quase comunistas”:
Para Münzer, o reinado de Deus nada mais era que uma sociedade na qual não haveria mais nenhuma diferença de classes, nenhuma propriedade privada ou nenhum poder de Estado estrangeiro, autônomo, em oposição aos membros da sociedade”[1].
Tomas Müntzer, representante da classe mais baixa, acabou torturado e morto. Enfim... o mundo não mudou muito de lá para cá...

Nota:
[1] Sur La religion, Paris, Éditions Sociales, 1960, p. 114 apud Lua Nova, Revista de Cultura e Política,  1998, nº 43, p.164.

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